Presidente do Fla defende cobrança por transmissão: 'manter o nosso time'
Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, falou, na tarde de hoje (4), sobre o fato de o clube cobrar pela transmissão da semifinal da Taça Rio, contra o Volta Redonda, amanhã (5), às 16h. Um dos pontos indicados pelo mandatário é que o Rubro-Negro precisa de receita para manter o time.
Além disso, Landim afirmou que o valor cobrado, R$ 10 para quem não é sócio-torcedor, é "bastante acessível" e que é menor em relação ao que se gastaria para ir ao estádio.
"A gente está falando de um valor médio, por jogo, que não é uma semifinal de campeonato, superior a esse valor que estamos cobrando. Na verdade, é 1/4, para um lar, onde mais de uma pessoa pode ver, do preço mais barato de um jogo com presença física. Então, é um valor bastante acessível em troca de um produto que é a semifinal de um campeonato. A gente precisa arrecadar para manter o nosso time. Não é fácil ter um plantel com Gabigol, Arrascaeta, Bruno Henrique, Everton Ribeiro, e todos os jogadores que a gente tem, e que a gente tem uma folha para pagar, se não tiver receita", disse, em entrevista ao canal Fox Sports.
O presidente do clube da Gávea assegurou que "no mundo todo" jogos são cobrados desta forma e comparou a partida a um espetáculo.
"As pessoas tinham de pagar, e tinham de pagar mais. Muito mais do que estamos cobrando. Então, elas assistiram um jogo antes, que tiveram acesso direto pela plataforma [FlaTV]. O outro estão tendo de pagar, e muito menos. Não acho que tenha nada demais em relação a isso. É assim que é feito no mundo todo. Os jogos são cobrados, isso é um espetáculo. É cobrado. Às vezes, pode arrumar um patrocinador e colocar em TV aberta, não foi o caso. Não tivemos condição de fazer isso", salientou.
Na última quarta-feira, o clube transmitiu o jogo contra o Boavista pela FlaTV, mas, apesar de toda a movimentação da torcida, Landim indicou que "o valor arrecadado total acabou sendo pequeno". Como o UOL Esporte mostrou com exclusividade ontem (30), o Rubro-Negro conseguiu pouco menos de R$ 900 mil de arrecadação na transmissão.
"A gente quer falar, em primeiro lugar, que o sócio-torcedor não vai pagar e vamos agradecer muito eles e todos que participaram das ajudas à FlaTV, mas o valor arrecadado total acabou sendo pequeno", confirmou Landim. "E o Flamengo entende que o momento é difícil para ele também", completou.
Sobre a pichação no muro na Gávea, sede do clube, na qual foi chamado de "ganancioso", o presidente rubro-negro se defendeu e disse que a diretoria não colocou um valor muito alto.
"A gente seria ganancioso se tivesse vontade de maximizar, com um valor muito alto. Se o Flamengo cobrasse R$ 50 por jogo, o lucro seria maior que vendendo por R$ 10. Por isso, colocamos um valor mais baixo: para dar acesso a um maior número de pessoas", afirmou.
Landim revelou ainda que, no entendimento da diretoria, havia a necessidade de testar o mercado de streaming. Ele ressaltou ainda que tudo que é consumido na TV, é pago, mesmo que de uma forma diferente.
"Tenho uma cabeça muito tranquila. Não só eu, mas todo o grupo lá do Flamengo trabalha o tempo todo se dedicando ao clube, a fazer o melhor para o clube, o que a gente acha ser o melhor. A gente não tem dúvida de que precisava testar o mercado. Esse aprendizado será importante. Toda a cobrança, seja ela qual for, é antipática. Mas as pessoas esquecem que pagam por tudo", apontou.
"Todo mundo que está aqui assistindo, elas estão pagando a TV. Elas pagam a mensalidade delas, mas na hora de cobrar R$ 10 para um jogo do Flamengo, em uma semifinal, elas não querem pagar. Por que? Porque se você disser que não precisa pagar nada, todo mundo está a favor. Só que não adianta. Se ninguém pagar, o Flamengo não tem condição de colocar o time que coloca em campo. E acho que tenho uma responsabilidade grande em continuar dando bons resultados esportivos ao Flamengo", completou.
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