Resumo da notícia
- Blogueiros analisam se volta do Paulistão pra 22 de julho é ou não precipitada
- "Cartolagem não está nem aí para saúde dos jogadores", analisa Juca Kfouri
- Renato: "Não vejo o menor sentido na volta do futebol em plena pandemia"
- Marcel: "Brasil desistiu do isolamento como se covid-19 tivesse desaparecido"
- Danilo Lavieri: "Como pensar em futebol com milhares morrendo por dia?"
- Julio: "No país em que presidente, contaminado, vai dar entrevista em vez de se isolar..."
O Campeonato Paulista de 2020 já tem data para retornar. O governo de São Paulo anunciou ontem (8) o retorno da competição para o dia 22 de julho, uma quarta-feira, daqui a duas semanas. Já a final do Estadual está prevista para acontecer em 8 de agosto, sábado, um dia antes do começo do Campeonato Brasileiro.
Mas será que a volta do Paulistão para esta data, mesmo com os devidos protocolos de saúde, é viável? Ou a decisão foi precipitada e o futebol em São Paulo ainda devia esperar? Fizemos essa pergunta aos blogueiros do UOL Esporte. Veja o que eles pensam:
ANDREI KAMPFF
A prioridade de qualquer um que tenha coração é com a saúde de todos. Inclusive no futebol, como já disse a Fifa. Se as autoridades sanitárias deram OK, e o protocolo for seguro, o futebol pode voltar. Agora, não esqueçam que o clube é o empregador, e tem responsabilidade legal sobre a saúde do seu empregado/atleta.
Leia o blog Lei em Campo.
DANILO LAVIERI
A volta do Paulistão segue a pressa que a gente vê em todos os outros campeonatos que estão voltando e em todos os setores da sociedade no Brasil. Não importa o quanto o futebol consiga proteger jogadores e membros da comissão, há sempre familiares dos jogadores, profissionais de outras áreas envolvidos em jogos e isso representa risco de contaminação para outras pessoas que não têm acesso ao mesmo tipo de tratamento. Sem nem contar a questão do clima do país: como pensar em futebol com milhares morrendo por dia?
Leia o blog do Danilo Lavieri.
JUCA KFOURI
É mais uma irresponsabilidade das autoridades dos governos e do futebol. Prova de que o governador de São Paulo e o prefeito estavam fazendo só marketing eleitoral e de que a cartolagem não está nem aí para a saúde dos jogadores.
Leia o blog do Juca.
JULIO GOMES
A volta do futebol é precipitada. A do Paulistão e de qualquer um. Assim como dos bares, shoppings, etc. No país em que o presidente, contaminado, vai dar entrevista em vez de se isolar, o que pedir do futebol? Nunca levei dirigentes a sério e não é agora que será diferente. Os protocolos serão farsescos, como no Rio. Uma vez que o país escolheu não se proteger da pandemia, que volte logo a festa!
Leia o blog do Julio Gomes.
MARCEL RIZZO
Minha avaliação é que o Brasil, no geral, desistiu do isolamento como se a Covid-19 tivesse desaparecido. Estados estão reabrindo o comércio e outras atividades, em meio e menor grau, com a doença ainda não controlada. Com essa análise, não faz sentido abrir shopping e lojas e não ter jogo de futebol — sem torcida, claro — seguindo certos protocolos. Meu único porém é justamente com esses protocolos: se um jogador for contaminado, todas as pessoas com quem ele teve contato serão confinados? Duvido, já que isso praticamente inviabilizaria que esse time entrasse em campo. O risco está aí.
Leia o blog do Marcel Rizzo.
MENON
Acho precipitado ainda. O futebol deveria voltar quando a curva de infectados e de mortos estivesse em declínio.
Leia o blog do Menon.
MILTON NEVES
Sim, precipitada, mas inevitável. O Rio abriu, a Europa abriu e partiram pro "ou vai ou racha" mesmo com "cuidados" como os médicos nos ensinam para a preservação da vida no combate à Covid-19. Mas creiam: é tudo paliativo porque se não pintarem vacina e cura o "mundo acaba".
Leia o blog do Milton Neves.
PERRONE
Para mim, a volta de todo campeonato neste momento é precipitada. O fato de haver restrição em relação às cidades que poderão receber o Paulista (só as que estiverem na fase amarela) já mostra que não é hora de marcar o retorno.
Leia o blog do Perrone.
RENATO MAURÍCIO PRADO
Não vejo o menor sentido na volta do futebol em plena pandemia, com média de 1.000 mortes registradas a cada 24 horas. Mas depois que o Estadual do Rio voltou, é compreensível que os demais torneios queiram recomeçar no país inteiro. Que, ao menos, obedeçam aos protocolos de saúde.
Leia o blog do Renato Maurício Prado.
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