"Quando não há argumentos, usam poder e força", diz Autuori sobre Ferj
O técnico do Botafogo, Paulo Autuori, sempre se colocou contra a volta do futebol no Rio de Janeiro em meio a pandemia do novo coronavírus. As duras críticas à Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) lhe renderam punição, que ainda não foi bem digerida pelo profissional.
Em entrevista ao podcast 'Jogo Duro', Autuori voltou a comentar a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJD-RJ) em suspendê-lo por 15 dias. Segundo ele, isso só ocorreu porque fugiram do debate e decidiram por 'calar sua boca'.
"Quando não há argumentos, as pessoas usam o poder e a força e punem aqueles que se expressam de alguma maneira", disse Paulo Autuori. "Não creio que a punição que eu tomei tenha a ver apenas com futebol", completou o treinador do Botafogo.
Para Autuori, o país não está pronto para ser debatido abertamente e ele justifica a isso sua punição. "Creio que o Brasil não tem a cultura de posicionamento, de reivindicação, que privilegiem o coletivo e independem das classes profissionais envolvidas", afirmou.
Por fim, o treinador se manteve contra a volta do futebol e explicou. A pandemia ainda está com força relevante, causando a morte de milhares de pessoas por dia no Brasil. "O futebol não está em uma redoma e, portanto, alheio a todos os problemas que atingem nossa sociedade. Sejam eles quais forem", concluiu.
Após ficar de fora da volta do Carioca, contra a Cabofriense, Paulo Autuori esteve nos dois últimos jogos do Botafogo contra Portuguesa e Fluminense, pela semifinal da Taça Rio. O Alvinegro volta a campo no Brasileiro, que retorna no dia 9 de agosto.
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