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Cruzeiro aumentou despesa com salários em 50% em gestão de Wagner Pires

Wagner Pires de Sá, ex-presidente do Cruzeiro, e Itair Machado, ex-vice-presidente, aumentaram salários no clube - Vinnicius Silva/Cruzeiro
Wagner Pires de Sá, ex-presidente do Cruzeiro, e Itair Machado, ex-vice-presidente, aumentaram salários no clube Imagem: Vinnicius Silva/Cruzeiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

10/07/2020 04h00

Durante a gestão de Wagner Pires de Sá e Itair Machado, entre 2018 e 2019, o Cruzeiro aumentou os gastos com salários em 50% se comparados ao último biênio da administração de Gilvan de Pinho Tavares, entre 2016 e 2017.

No último terço do mandato de Gilvan, o clube gastou R$ 156.581.352,00 em remunerações. Nos dois anos de trabalho de Pires de Sá, o clube desembolsou R$ 234.380.814,00. O valor representa um aumento de R$ 77,7 milhões.

Os salários representavam cerca de 20% das despesas do Cruzeiro entre 2018 e 2019. Esse valor não leva em consideração outras despesas vinculadas à folha de pagamento, tais como 13º salário, férias e tributos sobre a folha (FGTS e INSS).

De acordo com funcionários do departamento financeiro, "a gestão de Wagner Pires foi marcada por aumentos expressivos de salários, muitos deles sem justificativa aparente". A mesma fonte revela que "o Cruzeiro aumentou significativamente o número de contratações nos anos 2018 e 2019, sendo que muitas dessas contratações aparentavam não ser necessárias".

Entre 2018 e 2019, foram admitidos ao menos 566 funcionários, conforme apurado pelo UOL Esporte. Isso corresponde a um aumento de 58% da quantidade das admissões realizadas no biênio anterior — 358 ao todo. Os números representam admissões do pessoal operacional e administrativo, bem como daqueles vinculados ao departamento de futebol, tais como atletas, técnicos e auxiliares.

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