Sensação do Gauchão sobrevive graças a vaquinha e menos de 2 mil sócios
O Caxias, campeão do primeiro turno do Campeonato Gaúcho, tem sobrevivido à quarentena com adesão da torcida e mobilização de parceiros. O número de sócios em dia fica abaixo de dois mil, mas um plano de financiamento coletivo já levantou mais de R$ 230 mil. Além da 'vaquinha' virtual, o clube reduziu salários e dispensou dois jogadores.
A condição de sensação no estadual passa por duas vitórias em cima do Grêmio, uma dentro da própria Arena. Resultados que fizeram o clube defender a retomada do Gauchão sem buscar título por aclamação.
"Queremos jogar. Temos condições de disputar e não precisamos ser aclamados campeões", cita Paulo César Santos, presidente do Caxias.
Durante a quarentena, o clube lançou o plano 'Honradores da História', com nome inspirado na letra do hino. A campanha nasceu para ajudar a viabilizar as contas do Caxias e tem dado certo. Segundo apuração mais recente, as doações coletivas acumulam R$ 237 mil.
O dinheiro vai ser usado para quitar contas com fornecedores, parceiros e despesas gerais. Salários, direitos de imagem e outros custos ligados ao futebol também estão na lista. E graças à adesão da torcida, o Caxias não tem convivido com atrasos.
"Todos os salários estão em dia. Temos planejamento de três em três meses, já estamos pensando também na Série D e com isso as contas estão pagas até agora", comenta Santos.
O Caxias vai receber auxílio da FGF (Federação Gaúcha de Futebol) para entrar em regime de concentração e continuar isolado durante a conclusão do campeonato. O clube receberá R$ 20 mil para custear despesas extras.
"Temos confiança no trabalho da comissão técnica e sabemos que podemos chegar, no mínimo na semifinal do segundo turno. Se não ganharmos o título do returno, que seria histórico, vamos estar na final", frisa o dirigente do Caxias.
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