Imbróglio de Rony fez diretor do Palmeiras desistir do atacante no Botafogo
À frente do futebol do Palmeiras desde dezembro passado, Anderson Barros já sentiu os efeitos do imbróglio envolvendo o atacante Rony e o Albirex Niigata, do Japão. No começo de 2018, o Botafogo, que contava com o dirigente, desistiu da contratação do atleta justamente pelos riscos da operação. Ontem (13), a Fifa suspendeu o jogador por quatro meses.
Na ocasião, Rony chegou até a ser anunciado pelo Botafogo nas redes sociais. O clube, entretanto, voltou atrás depois de avaliar possíveis sanções da Fifa, como mostrou o UOL Esporte em 2018. O atacante, então, acertou com o Athletico-PR, que também sofreu uma punição da Fifa agora.
A situação atual do Palmeiras é distinta, pois o risco daquela negociação que envolveu o Botafogo deixou de existir. Para acertar com o jogador, o clube alviverde avaliou a situação, como fez o Botafogo em 2018. Nas duas ocasiões, Anderson Barros teve respaldo dos respectivos departamentos jurídicos.
A ida de Rony ao Athletico-PR mudou o cenário da contratação, pois o time paranaense se tornou o primeiro clube do atacante depois da conturbada saída do Albirex Niigata.
"Na época, não só o Botafogo, como outros clubes, tomaram uma decisão em razão de serem os primeiros. No momento em que o clube deixa de ter qualquer risco, a gente entende que foi uma decisão acertada agora no Palmeiras também", disse Barros em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.
"Na época, no Botafogo, a gente entendeu que juridicamente o risco do clube era muito grande. O Botafogo seria o primeiro naquele movimento. O Athletico-PR acabou assumindo o risco. A gente entendeu que o risco para o Palmeiras agora já não existia nessa questão", completou.
Anderson Barros ressaltou que o Palmeiras segue com a ideia de que a contratação foi favorável ao clube. Rony custou 6 milhões de euros (R$ 36,5 milhões na cotação de hoje), valor dividido em quatro parcelas anuais de 1,5 milhão de euros (R$ 9,1 milhões). O contrato do atacante tem duração até dezembro de 2024.
"Essa decisão pode ser diminuída ou até extinta. O contrato do jogador é longo, a gente continua entendendo que é um investimento extremamente interessante para o Palmeiras, até pela qualidade desse jogador", frisou.
Como não faz parte do processo da Fifa, o Palmeiras pode apenas orientar Rony no caso. "É uma ação que é gerida pelo próprio atleta e seus representantes, em nenhum momento o Palmeiras foi citado no processo. O Palmeiras vai dar o suporte, fazer orientação", disse.
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