Com pautas semelhantes, Botafogo e Fluminense reforçam laços após Carioca
Os laços criados há alguns meses entre as diretorias de Botafogo e Fluminense — na luta contra o então retorno imediato do futebol no Rio de Janeiro em meio à pandemia de coronavírus — estão se estreitando e ganhando novos capítulos. No mais recente, os clubes marcaram dois amistosos visando a preparação para o Campeonato Brasileiro.
As partidas foram batizadas em homenagem a Didi e Gerson, jogadores que defenderam e foram campeões pelo Alvinegro e também pelo Tricolor. Além disso, cada um dos jogos será transmitido pelos respectivos canais oficiais dos clubes — o primeiro pela FluTV e o segundo pela Botafogo TV —, uma forma de fazer com que as duas mídias ganhem seguidores e ainda mais força nas redes sociais.
Os duelos, inclusive, fazem parte da agenda oficial em celebração aos aniversários dos dois clubes. O Fluminense, que completou 118 anos ontem (21), terá uma programação especial no sábado (25). Já o encontro do dia 1º de agosto servirá para a comemoração dos 113 anos do Botafogo, que vão ser completados no próximo dia 12.
A parceria entre as cúpulas se fortaleceu em maio, quando se iniciaram as discussões sobre o retorno do Campeonato Carioca. À época, Nelson Muffarej, mandatário do Bota, e Mário Bittencourt, presidente do Flu, foram contra, alegando os números crescentes que a pandemia ainda apresentava no Estado do Rio de Janeiro.
O embate com a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) avançou e chegou a parar nos tribunais esportivos - os clubes acionaram o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio (TJD-RJ) e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Rivais na semifinal da Taça Rio, Botafogo e Fluminense se uniram em um protesto contra a federação antes de a bola rola. Posteriormente, a Ferj entrou na Justiça contra os clubes, exigindo retratação pública, R$ 100 mil de danos morais e indenização por danos materiais, com valor ainda a ser definido.
Alvinegro e Tricolor também se mostraram alinhados ao, inicialmente, não apoiarem a Medida Provisória 984, que altera a configuração dos direitos de transmissão no Brasil. De acordo com o documento, a exibição da partida passa a ser de responsabilidade do mandante do evento, e não mais das duas entidades envolvidas.
As diretorias, inclusive, pretendem criar uma associação para discutir assuntos que sejam considerados de grande relevância, como é o caso da MP. Vale lembrar que São Paulo e Grêmio também não endossaram a aprovação à Medida Provisória.
Vasco preterido pela dupla
Depois de o Flamengo desistir de organizar um torneio amistoso em Brasília, o Vasco, que, inicialmente, estava entre os participantes do evento na capital federal, procurou Botafogo e Fluminense para a realização de partidas neste período de treinos antes do início do Brasileiro.
O assunto foi debatido, mas o Cruz-Maltino acabou deixado de lado pelo Alvinegro e Tricolor, que fecharam os dois amistosos nos dois próximos sábados.
Durante as discussões para o retorno do Carioca, o clube de São Januário se mostrou alinhado ao rival Flamengo - Alexandre Campello, presidente vascaíno, chegou a acompanhar Rodolfo Landim, mandatário flamenguista, em uma reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), - e à Ferj, o que o colocou em lado oposto ao de Botafogo e Fluminense.
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