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Jesualdo se opõe a Sampaoli e vira bombeiro em "incêndio" no Santos

Jesualdo Ferreira comanda treino no CT Rei Pelé - Ivan Storti/Santos FC
Jesualdo Ferreira comanda treino no CT Rei Pelé Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Eder Traskini

Colaboração para o UOL, em Santos

23/07/2020 04h00

O Santos perdeu três jogadores na última semana, sendo dois titulares. No ano passado, tal situação viria acompanhada de uma chuva de críticas do técnico da equipe na primeira oportunidade, mas não foi isso que foi visto neste ano: Jesualdo Ferreira se tornou quase um bombeiro para apagar o "incêndio" no Santos.

Ao contrário de Jorge Sampaoli, que não poupou críticas ou pedidos de reforços por diversas vezes na temporada, o treinador português adota um tom conciliador em suas entrevistas coletivas e procura acalmar os ânimos na Vila Belmiro.

Após o empate por 1 a 1 contra o Santo André na noite de ontem (22), Jesualdo foi questionado sobre as saídas de Everson e Eduardo Sasha, que entraram na justiça contra o Santos pedindo rescisão por atraso salarial. Além dos titulares, ele ainda perdeu Yuri Alberto, que vinha atuando.

No entanto, o treinador não pediu reforços para o time, não reclamou da administração do presidente José Carlos Peres, nem sequer fez lobby para que o Peixe não negociasse o zagueiro Lucas Veríssimo — pilar da equipe que está na mira do Benfica.

Jesualdo preferiu confiar no que o Santos pode lhe dar para trabalhar no momento: Vladimir para o lugar de Everson e o jovem Kaio Jorge para a vaga de Eduardo Sasha.

"Têm que estar (prontos). E vão estar num futuro próximo. Não precisamos achar que tudo foi bom no primeiro jogo. Digo que nada vai ser como antes. Recuperar estilo e hábitos. Bom não esquecer que jogamos contra a equipe com mais pontos. Santo André é uma boa equipe. No que diz respeito à pergunta, Vladimir e Kaio precisam fazer. Kaio foi importante até quando ficamos com 10", disse Jesualdo.

Não é que o técnico não queira reforços. Ele quer, sabe das carências do time e já informou suas preferências à diretoria. Ainda assim, diante do cenário caótico vivido pelo Santos nos bastidores, Jesualdo se mostrou sóbrio em sua entrevista na tentativa de acalmar os arredores, ao invés de colocar ainda mais fogo como Sampaoli cansou de fazer durante a última temporada.

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