Na semana passada, o Flamengo apresentava o técnico Bernardinho, bicampeão olímpico de vôlei, para treinar o clube na modalidade. No mesmo dia, a saída de Jorge Jesus para o Benfica era confirmada pelo clube e pelo treinador português. As informações quase que ao mesmo tempo causaram certa confusão para quem acompanhava à distância.
No podcast Posse de Bola #42, Arnaldo Ribeiro explica o susto e a confusão que fez ao ver o anúncio de Bernardinho no Flamengo. Mas o jornalista considera que poderia ser uma experiência interessante a contratação do consagrado técnico de vôlei no futebol, o que já ocorreu com outros profissionais, mas não no cargo de treinador, e sim na parte administrativa.
"Quando eu passei no Twitter e vi lá Bernardinho, Nação e tal, eu falei 'caramba!'. Tem o tom de brincadeira, mas tem o tom sério também, eu vou tentar explicar. Eu imaginei que o Flamengo tivesse contratado o Bernardinho e falei um 'caramba', numa reação de perplexidade, mas ao mesmo tempo de curiosidade", afirma Arnaldo.
"O hiato que existe entre a geração Luxemburgo, Felipão, de Rogério Ceni, Tiago Nunes, Barroca, Diniz, não existe esse perfil intermediário. Os mais novos promissores não me parecem prontos para pegarem o Flamengo, os mais veteranos parece que não têm mais a condição que tinham outrora também de herdar a missão. Então, no mercado nacional não tem, simplesmente não tem", completa.
Arnaldo cita a badalação a Bernardinho durante o sucesso da seleção brasileira de vôlei em Jogos Olímpicos e Mundiais, até sua saída do cargo, atualmente ocupado por Renan Dal Zotto, e lembra que há histórico de profissionais de outras modalidades que acabaram migrando para o futebol.
"O que o Bernardinho tem a ver com as calças? Tem! É que nós não estamos no ciclo olímpico, toda vez que tem Olimpíada, foi assim em 2008, em 2012, 2016, falam, pensam, cogitam, especulam por que o Bernardinho não no futebol? Nesses ciclos olímpicos, normalmente a seleção brasileira tinha tomado alguma porrada em Copa do Mundo, seja 2006, 2010, 2014, 2018, e o vôlei brasileiro se reinventando. E muito se falava, não tanto de o Bernardinho treinar clube, mas o Bernardinho treinar a seleção brasileira. Isso foi pauta em muito ciclo olímpico", diz o jornalista.
"Os esportes se conversam absurdamente, um dos principais auxiliares do Guardiola o tempo todo vem do polo aquático. A questão de uma liderança esportiva, técnica no futebol brasileiro é tão peculiar e está num momento de tanto questionamento, que se fosse uma notícia real aquela, eu não classificaria como um absurdo e acho que é até uma situação de fazer a gente pensar um pouco. O pessoal do vôlei teve sucesso e fracasso no futebol em funções mais administrativas do que propriamente do campo, teve Bebeto [de Freitas], teve [José Carlos] Brunoro, José Roberto Guimarães, todo mundo transitou no futebol ali de alguma forma", completa.
Além de Arnaldo Ribeiro, que foi criticado nas redes sociais depois de seu susto com o anúncio de Bernardinho no Flamengo, Juca Kfouri também gostaria de ver a experiência do campeão de vôlei comandando um clube de futebol.
"Eu adoraria ver essa experiência, te confesso, e acho que se há alguém pronto para fazer isso é o Flamengo com o Bernardinho. Seria realmente, é uma coisa criativa, sem dúvida. Arriscada, mas é muito interessante a ideia", conclui Juca.
Posse de Bola: Quando e onde ouvir?
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