Gol Puskas de Neymar foi há 9 anos: onde estão os personagens do lance?
Entre os jogos mais memoráveis da história do Campeonato Brasileiro, a vitória por 5 a 4 do Flamengo sobre o Santos na edição de 2011 completa nove anos hoje (27).
O jogaço de nove gols coroou Ronaldinho Gaúcho, que marcou três vezes na Vila Belmiro, mas quem acabou premiado (literalmente) foi Neymar.
Em janeiro do ano seguinte, o então jogador do Santos foi declarado vencedor do Prêmio Puskas, promovido pela Fifa para homenagear o gol mais bonito do mundo. Ele disputou com Lionel Messi, do Barcelona, e Rooney, então no Manchester United, e levou a melhor com um lance ocorrido aos 25 minutos do primeiro tempo. Você lembra como foi? Se não lembra, veja. Se lembra, veja de novo, porque vale a pena.
O Prêmio Puskas foi a "estreia" de Neymar na festa de gala da Fifa - ele também acabou eleito como o 10º melhor jogador do mundo na ocasião. Pouco mais de um ano depois se transferiu para o Barcelona e em seguida ao PSG, além de conquistar dois títulos pela seleção brasileira. Mas a história de Neymar você já conhece de trás para frente. E os personagens coadjuvantes do lance que fez o menino Ney ser visto pelo mundo todo, por onde andam?
Ibson, a origem da jogada
Volante atuava no Santos na época. O goleiro Rafael recolocou a bola em jogo após impedimento do ataque do Flamengo. Houve uma rebatida da defesa, aí Léo parou a bola no chão e tocou para Ibson, do lado esquerdo do ataque do Santos, que serviu Neymar para fazer o gol.
Ibson deixou o Santos para voltar ao Flamengo em maio de 2012. No ano seguinte defendeu o Corinthians até ser negociado com o Bologna, da Itália. Ainda defendeu o Sport antes de migrar para os Estados Unidos, onde atuou durante quatro temporadas pelo Minnesota United. No ano passado foi contratado pela Tombense para jogar a Série C do Brasileirão e continua por lá, no Campeonato Mineiro. Tem 36 anos.
Léo Moura, o enganado
Quando Ibson tocou para Neymar, ele estava cercado por Luiz Antônio e Léo Moura, quase na linha lateral. O craque santista carregou para o meio com um drible desconcertante. O lateral-direito tentou cercar, mas perdeu o tempo de bola e ficou para trás.
Léo Moura deixou o Flamengo em 2015, após dez anos de uma passagem vencedora. Em decisão que depois se arrependeu de tomar, foi jogar nos Estados Unidos e na Índia. Na volta ao Brasil atuou pelo Metropolitano-SC e pelo Santa Cruz até voltar a um time de ponta em 2017. No Grêmio, conquistou Libertadores, Recopa e dois Gaúchos. Em 2020 assinou com o Botafogo-PB e ainda joga aos 41 anos.
Willians, o que não alcançou
O volante do Flamengo marcava Ganso, mas o recuo do 10 do Santos o deixou perdido. Quando percebeu, Neymar já tinha escapado da marcação dupla e corria ao seu lado. Willians tentou competir na velocidade e no jogo de corpo ao longo de alguns metros, mas não achou nada.
Em 2012, Willians assinou com a Udinese, da Itália, mas no ano seguinte voltou ao Brasil a pedido do técnico Dunga para defender o Internacional. Depois rodou por Cruzeiro, Corinthians, Goiás, CRB e São Caetano. Aos 34 anos, fez um jogo-treino contra o Vasco pelo Porto Velho-RO e assinou com o Goytacaz, da Segunda Divisão do Campeonato Carioca.
Borges, o assistente
Após driblar Luiz Antônio e Léo Moura e durante a corrida com Willians, Neymar tocou forte para Borges, que estava mais adiantado, fora da área. O centroavante do Santos protegeu a bola com o corpo da chegada do zagueiro Welinton e tocou de primeira para o camisa 11 marcar.
Artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2011 pelo Santos, deixou o clube em julho de 2012 e se transferiu para o Cruzeiro. Lá, foi bicampeão brasileiro em 2013 e 2014. Depois, ficou um ano na Ponte Preta e outro ano no América-MG até se aposentar, em 2016. Hoje, aos 39 anos, ainda não sabe se voltará ao esporte como treinador ou gestor.
Angelim, o driblado
O zagueiro do Flamengo estava bem posicionado diante do rápido contra-ataque do Santos, aguardando o bote de Willians. Quando Neymar venceu o volante na corrida, Angelim se postou na frente dele para evitar a passagem, mas acabou levando um drible da vaca.
O ídolo deixou o Flamengo no fim de 2011. Ainda atuou pelo Grêmio Barueri e pelo Fortaleza, onde tinha feito sucesso antes do Fla. Parou de jogar em maio de 2013, aos 37 anos. Hoje, aos 44, mora no Ceará e participa de eventos e homenagens à sua carreira.
Felipe e Junior Cesar, os vencidos
O drible de Neymar em Ronaldo Angelim foi na entrada da grande área. Depois de ver seu último zagueiro vencido, o goleiro Felipe saiu para o abafa. Ao mesmo tempo, Júnior César largou a marcação pela esquerda e veio de carrinho para tentar o corte. Mesmo caído, Neymar bateu na saída de Felipe e fez o gol.
O goleiro continuou no Flamengo até 2015, quando saiu dos planos do técnico Vanderlei Luxemburgo e rescindiu contrato. Desde então ele rodou por Figueirense, Bragantino, Boavista, Uberlândia e até futebol húngaro, no Kisvarda. Hoje, aos 36 anos, atua com Léo Moura no Botafogo-PB. Já Júnior César acumulou passagens por Atlético-MG, Botafogo e Itaboraí-RJ até parar, em 2018. Hoje, aos 38 anos, mora no interior do Rio de Janeiro e cuida de escolinha e projeto de futebol.
Elano, o primeiro a aplaudir
Na expectativa de um possível passe pela direita do ataque, já que Júnior César tinha deixado a posição para marcar Neymar, Elano foi o primeiro que abraçou o autor do golaço. Antes, aplaudiu o companheiro. Foi a primeira reverência de um lance que se tornaria icônico.
Ídolo do Santos foi trocado por Miralles com o Grêmio em 2012, mas ainda retornou para duas passagens e dois títulos do Paulista, em 2015 e 2016. Ainda teve passagens pelo Flamengo e pelo futebol indiano. Ele parou de jogar no fim de 2016 e assumiu como auxiliar técnico em 2017. Foi treinador interino do Peixe e revelou Rodrygo, hoje no Real Madrid. É técnico da Inter de Limeira no Campeonato Paulista deste ano.
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