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Galhardo vibra com início no Inter e dá receita para vitória no Gre-Nal

Thiago Galhardo comemora gol do Internacional contra o Esportivo - Ricardo Duarte/Inter
Thiago Galhardo comemora gol do Internacional contra o Esportivo Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

03/08/2020 14h56

Thiago Galhardo não quer o rótulo de goleador ou titular, mas reconhece que vive o melhor início em um novo clube de sua carreira. Com cinco gols em 15 partidas pelo Inter, o jogador celebra a boa fase e acredita que o time deva repetir as atuações que já teve contra o Grêmio para vencer o clássico da próxima quarta.

"Imagino que seja meu melhor início por uma nova equipe nos 12 anos de carreira profissional. Estou muito feliz, e quando se está assim as coisas acontecem dentro de campo. O que facilita é a forma que o Chacho (Coudet) joga. Eu sempre joguei em times reativos, jogando por um contra-ataque, voltando para se defender. Jogar de uma forma ativa me facilita, fico mais perto do gol, posso ajudar meus companheiros, não só na retomada da bola. Eu acho que os bons números têm ajudado e facilitado por essa forma de jogar do time", disse em entrevista coletiva.

Contra o Esportivo, na semifinal do returno do Gauchão, Galhardo marcou de cabeça o primeiro gol do jogo. E ainda retomou uma bola no campo de ataque e serviu Guerrero no terceiro.

"Todo mundo me coloca como atacante agora, mas eu sou meia ainda. Eu tento rodar, participar do jogo. Quando a bola chega, tento preencher a área, aproveitar minha estatura, puxar a marcação para deixar o Guerrero só, ou ele puxar para eu ficar livre. O importante é estar ali", explicou.

O adversário na decisão será o Grêmio, que bateu o Novo Hamburgo por 4 a 3. E, para o terceiro clássico da temporada, Galhardo espera que o time siga da mesma forma que tem atuado. Segundo ele, as derrotas ocorreram em momentos atípicos.

"Foram jogos atípicos. No clássico do Beira-Rio, tivemos uma expulsão muito rápida, acontecerá uma vez a cada 100 jogos, como o ocorrido no final do jogo da Libertadores (briga com oito expulsões), não é certo. Se nós em casa temos problema com filhos e pais, pode acontecer no campo porque cada um defende o seu. O segredo é não mudar nada do que temos feito até agora. No Gre-Nal da Arena, por exemplo, fizemos uma baita partida e se tivesse que ter um vencedor naquele jogo, éramos nós", opinou.

"Nosso time tem criado muitas oportunidades de gol, temos marcado. Temos que manter o trabalho que vem sendo feito para, se Deus quiser, conseguir conquistar este título", completou.

A artilharia, hoje com Guerrero, não é exatamente a meta do jogador. Ainda que goste de marcar, Galhardo ressalta que o trabalho é coletivo e o importante é a vitória do Colorado.

"Estou muito feliz, mas não tenho essa necessidade de ser artilheiro. Artilheiro é o Pottker, o Guerrero, que são titulares, que estão acostumados a fazer gols, que têm mais de 100 jogos com a camisa do Inter. Eu sempre falo que estou artilheiro, estou titular. Fico feliz de estar podendo ajudar, mas sempre que puder tocar para um companheiro marcar, vou fazer isso também. O gol é o ápice do futebol, mas não tenho este problema de brigar por artilharia. Se o Inter ganhar, independente de eu marcar ou não, estarei feliz", finalizou.

A final do returno do Gauchão irá acontecer na quarta-feira. Inter e Grêmio lutam pelo direito de disputar a taça absoluta com o Caxias, que venceu o primeiro turno.

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