Polícia Civil cumpre mandados em sede de organizadas de Atlético e Cruzeiro
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu, na manhã de hoje (4), três mandados de busca e apreensão em organizadas ligadas a Atlético-MG e Cruzeiro — Galoucura e Máfia Azul foram alvos. Um dos mandados ocorreu na casa de um integrante da torcida cruzeirense. Não houve prisões nem flagrantes durante a operação.
A delegada Fabíola Oliveira se manifestou sobre o caso em entrevista coletiva na tarde de hoje, no Departamento de Operações Especiais (Deoesp), na região da Pampulha.
"Fomos à sede da Torcida Organizada Máfia Azul, no Barro Preto, fomos à sede da Torcida Organizada Galoucura na região Noroeste, que é uma sub-sede. Fomos à residência de um componente da Torcida Organizada Máfia Azul. Cumprimos três mandados de busca e apreensão. Fomos angariar provas de fatos que ocorreram em abril e maio deste ano. A gente tomou conhecimento inicialmente de uma tentativa de invasão da torcida Galoucura na sede da Máfia Azul, no dia 30 de abril, à noite, quase em primeiro de maio já. Cerca de 30 pessoas aproximadamente tentaram invadir a sede da Máfia Azul portando porrete, bombas explosivas", disse.
"Quando fomos investigar essa ação, vimos que na verdade se tratava de uma retaliação a uma tentativa de invasão feita pela Máfia Azul na sede da Galoucura. Isso tinha acontecido na manhã do mesmo dia. Lá, tentaram invadir e acabaram danificando veículos de associados da Galoucura. Tivemos, inclusive, notícias de disparo de armas de fogo. Poucos minutos antes da tentativa de invasão, a Polícia Militar foi à sede da Máfia Azul por causa de uma denúncia de que lá haveria arma de fogo. Mas não havia arma de fogo, tinha bombas, artefatos explosivos. A gente acredita que a denúncia foi da própria Galoucura, com o intuito de desarmar a Máfia Azul, para facilitar a invasão. Nosso intuito foi de angariar provas para tentar qualificar o maior número de pessoas. Eles estavam unidos simplesmente para atacar, muitas vezes, agredindo o torcedor adversário", acrescentou.
Os investigadores da Polícia Civil fizeram um levantamento dos envolvidos e apreenderam aparelhos eletrônicos e porretes, usados em agressões entre as organizadas.
"Fizemos levantamento de pessoas que já estavam envolvidas de alguma forma. Na tentativa de invasão da Galoucura, alguns membros foram identificados. Um aparelho celular foi na sede da Galoucura, um dos porretes foi na sede da Galoucura, esses folhetes e bombas foram todos na sede da Galoucura. Um notebook, dois celular e os demais 32 porretes foram na Máfia Azul. Inicialmente, foram mandados de busca e apreensão para que pudéssemos qualificar todos os envolvidos", concluiu a delegada Fabíola Oliveira.
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