Inter vê 'problema psicológico' e reforça trabalho mental após nova queda
O Internacional perdeu para o Grêmio novamente. São três derrotas em quatro clássicos em 2020, desde 2018 sem vitória ou gol marcado por jogador seu no duelo (em 2019, Paulo Miranda marcou contra um gol que contou para o Inter). E o peso da marca negativa ficou mais uma vez claro em campo.
Ainda que tivesse desempenhado um futebol vistoso recentemente, que também tenha conseguido enfrentar o rival no clássico Gre-Nal da Libertadores, antes da paralisação nas competições em razão da pandemia de coronavírus, o Inter sucumbiu. Mostrou-se desequilibrado, cometendo muitas faltas, perdeu a cabeça novamente e teve jogador expulso, 'se travou' ao não conseguir criar jogadas.
E as falhas cometidas em campo preocuparam o técnico Eduardo Coudet. O argentino reconheceu que há algo além das quatro linhas acontecendo. Ele assumiu a responsabilidade por não conseguir mostrar aos jogadores como agir neste tipo de jogo e disse que precisará trabalhar não somente no campo, mas com a mente dos atletas.
"Não gostei do jogo. Não conseguimos jogar da maneira que fazemos. E quando isso acontece, as coisas não estão corretas. Nunca senti uma boa sensação na partida. Certamente o lado mental, psicológico, precisa ser trabalhado. Creio que seja compreensível, pelos jogos que não ganhamos (do Grêmio). Fizemos as coisas bem e fomos superiores em alguns momentos de outros jogos, e as coisas não aconteceram. Não fizemos nenhum gol. Mas na parte mental, sou responsável por não transmitir aos jogadores a maneira que precisam jogar este tipo de partida. Também é responsabilidade minha quando os jogadores não vivem da maneira que eu creio que se deva viver o clássico", disse Coudet.
O Internacional levou 2 a 0 do Grêmio, sendo inferior durante praticamente todo o jogo. Após o segundo gol, Patrick se envolveu em uma confusão e acabou expulso junto com Orejuela, do Grêmio. No clássico da Libertadores, também na Arena, houve oito cartões vermelhos, quatro para cada lado.
"Nunca vi o time solto no jogo. Isso gera um contágio. Não geramos da maneira que havíamos preparado e que acreditávamos que poderia ser", explicou o treinador.
O Grêmio manteve a supremacia no Estado e pode conquistar o sétimo título em quatro anos. O ambiente também catapulta a pressão do lado oposto. O Inter enfatiza muito, nos bastidores, a necessidade de superar o adversário. E será na dosagem disso que passará a trabalhar. Para que o desejo de ganhar não reme no sentido contrário.
O Inter não terá tempo para lamentação. Mais um ano na fila do Estadual (desde 2016), o Colorado começa a disputa do Brasileirão no próximo sábado, contra o Coritiba.
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