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OPINIÃO

Blogueiros: Provocações como as do Grêmio são saudáveis ou acirram ânimos?

Maicon comemora gol do Grêmio contra o Internacional, na final do segundo turno do Gauchão 2020 - Pedro H. Tesch/AGIF
Maicon comemora gol do Grêmio contra o Internacional, na final do segundo turno do Gauchão 2020 Imagem: Pedro H. Tesch/AGIF

Do UOL, em Santos (SP)

07/08/2020 04h00

Resumo da notícia

  • Blogueiros analisam se provocações do Grêmio ao Inter são ou não saudáveis
  • Milton: "Futebol sem esse clima é como lua de mel sem noivo ou sem noiva"
  • Lavieri: "Quem deve ser punido é quem briga e não sabe levar na esportiva"
  • "Acho que há limites para provocações", analisa o blogueiro Marcel Rizzo

Sobrou provocação por parte do Grêmio após a vitória sobre o Internacional, na noite de quarta-feira (5), por 2 a 0, na Arena Grêmio, em jogo que decidiu o returno do Campeonato Gaúcho e colocou o time de Renato Gaúcho na grande decisão da competição estadual, contra o Caxias.

Maicon, autor de um dos gols do Gre-Nal, puxou a fila nas provocações contra o rival. "Jogaram mais, mais posse de bola, mais finalização e perderam de novo", disse o meio-campista, fazendo referência aos nove jogos de invencibilidade do Grêmio contra o Inter (veja no vídeo abaixo). Mais contidos, Matheus Henrique, Pepê e Everton Cebolinha também tiraram onda com o rival.

Diante deste cenário, fizemos a seguinte pergunta aos colunistas do UOL Esporte: Provocações como as do Grêmio sobre o Inter são saudáveis ou podem acirrar os ânimos? Veja o que eles pensam sobre o assunto:

ANDRÉ ROCHA

A provocação é saudável. O clima no país é que não anda muito bom, com ânimos já acirrados. Sem contar esse "novo normal" que simplesmente desconsidera as mil mortes por dia, na média. Mas aí é debate perdido.

Leia o blog do André Rocha.

DANILO LAVIERI

São saudáveis. São provocações feitas em um ambiente de competição, dentro de um meio em que esse tipo de coisa é normal e é o que alimenta a rivalidade. O problema é que marginais usam esse tipo de brincadeiras como justificativa para sair na rua atrás de briga. Quem deveria ser punido é quem briga e não sabe levar esse tipo de coisa na esportiva, e não quem faz a provocação depois de conquistar um título em cima do rival.

Leia o blog do Danilo Lavieri.

JUCA KFOURI

No atual estado de intolerância vivido no Brasil, acirra ânimos.

Numa situação de normalidade, sempre fez parte do futebol.

Leia o blog do Juca.

MARCEL RIZZO

Acho que há limites para provocações. Essa do Maicon achei ok. Rivalidades existem porque há brincadeiras.

Leia o blog do Marcel Rizzo.

MAURO CEZAR

Provocações do Grêmio após mais uma vitória sobre o Internacional são ações típicas da rivalidade, nada mais. Era só o que faltava, ganha do rival e não pode mais provocar?!

Leia o blog do Mauro Cezar.

MENON

Eu acho esse tipo de provocação normal. Nada contra. O errado é ter pancadaria em todo Gre-Nal. Coisa estúpida.

Leia o blog do Menon.

MILTON NEVES

A gozação faz parte do futebol desde Charles Miller. Está errado quem se irrita, não quem brinca. Futebol sem esse clima descontraído é como lua de mel sem noivo ou sem noiva.

Leia o blog do Milton Neves.

PERRONE

Em condições normais de temperatura e pressão, as provocações de Maicon apenas temperariam a rivalidade. Mas, diante das seguidas trocas de agressões entre jogadores de Grêmio e Internacional, provocações devem ser evitadas. A situação fugiu do controle e beira o amadorismo. Isso é prejudicial para os dois times. A marca Gre-Nal poderia ser trabalhada comercialmente e atingir ótimo valor. As pancadarias, porém, funcionam como repelente natural de parceiros sérios.

Leia o blog do Perrone.

RENATO MAURÍCIO PRADO

Sem baixar o nível, acho as brincadeiras e gozações válidas. Não vi nada de errado no vídeo do Maicon. Isso sempre existiu. Nos anos 60, por exemplo, o goleiro Manga do Botafogo dizia que o bicho do jogo contra o Flamengo ele gastava antes, na feira. E isso nunca provocou pancadaria ou baixarias entre os dois times. Faz parte da magia do futebol e os torcedores adoram.

Leia o blog do Renato Maurício Prado.