Resumo da notícia
- Blogueiros analisam se provocações do Grêmio ao Inter são ou não saudáveis
- Milton: "Futebol sem esse clima é como lua de mel sem noivo ou sem noiva"
- Lavieri: "Quem deve ser punido é quem briga e não sabe levar na esportiva"
- "Acho que há limites para provocações", analisa o blogueiro Marcel Rizzo
Sobrou provocação por parte do Grêmio após a vitória sobre o Internacional, na noite de quarta-feira (5), por 2 a 0, na Arena Grêmio, em jogo que decidiu o returno do Campeonato Gaúcho e colocou o time de Renato Gaúcho na grande decisão da competição estadual, contra o Caxias.
Maicon, autor de um dos gols do Gre-Nal, puxou a fila nas provocações contra o rival. "Jogaram mais, mais posse de bola, mais finalização e perderam de novo", disse o meio-campista, fazendo referência aos nove jogos de invencibilidade do Grêmio contra o Inter (veja no vídeo abaixo). Mais contidos, Matheus Henrique, Pepê e Everton Cebolinha também tiraram onda com o rival.
Diante deste cenário, fizemos a seguinte pergunta aos colunistas do UOL Esporte: Provocações como as do Grêmio sobre o Inter são saudáveis ou podem acirrar os ânimos? Veja o que eles pensam sobre o assunto:
ANDRÉ ROCHA
A provocação é saudável. O clima no país é que não anda muito bom, com ânimos já acirrados. Sem contar esse "novo normal" que simplesmente desconsidera as mil mortes por dia, na média. Mas aí é debate perdido.
Leia o blog do André Rocha.
DANILO LAVIERI
São saudáveis. São provocações feitas em um ambiente de competição, dentro de um meio em que esse tipo de coisa é normal e é o que alimenta a rivalidade. O problema é que marginais usam esse tipo de brincadeiras como justificativa para sair na rua atrás de briga. Quem deveria ser punido é quem briga e não sabe levar esse tipo de coisa na esportiva, e não quem faz a provocação depois de conquistar um título em cima do rival.
Leia o blog do Danilo Lavieri.
JUCA KFOURI
No atual estado de intolerância vivido no Brasil, acirra ânimos.
Numa situação de normalidade, sempre fez parte do futebol.
Leia o blog do Juca.
MARCEL RIZZO
Acho que há limites para provocações. Essa do Maicon achei ok. Rivalidades existem porque há brincadeiras.
Leia o blog do Marcel Rizzo.
MAURO CEZAR
Provocações do Grêmio após mais uma vitória sobre o Internacional são ações típicas da rivalidade, nada mais. Era só o que faltava, ganha do rival e não pode mais provocar?!
Leia o blog do Mauro Cezar.
MENON
Eu acho esse tipo de provocação normal. Nada contra. O errado é ter pancadaria em todo Gre-Nal. Coisa estúpida.
Leia o blog do Menon.
MILTON NEVES
A gozação faz parte do futebol desde Charles Miller. Está errado quem se irrita, não quem brinca. Futebol sem esse clima descontraído é como lua de mel sem noivo ou sem noiva.
Leia o blog do Milton Neves.
PERRONE
Em condições normais de temperatura e pressão, as provocações de Maicon apenas temperariam a rivalidade. Mas, diante das seguidas trocas de agressões entre jogadores de Grêmio e Internacional, provocações devem ser evitadas. A situação fugiu do controle e beira o amadorismo. Isso é prejudicial para os dois times. A marca Gre-Nal poderia ser trabalhada comercialmente e atingir ótimo valor. As pancadarias, porém, funcionam como repelente natural de parceiros sérios.
Leia o blog do Perrone.
RENATO MAURÍCIO PRADO
Sem baixar o nível, acho as brincadeiras e gozações válidas. Não vi nada de errado no vídeo do Maicon. Isso sempre existiu. Nos anos 60, por exemplo, o goleiro Manga do Botafogo dizia que o bicho do jogo contra o Flamengo ele gastava antes, na feira. E isso nunca provocou pancadaria ou baixarias entre os dois times. Faz parte da magia do futebol e os torcedores adoram.
Leia o blog do Renato Maurício Prado.
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