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Mário vê necessidade, mas fala em renovar Marcos Paulo se não houver venda

O presidente Mário Bittencourt prometeu que caso não seja vendido, Marcos Paulo renovará com o Fluminense - Mailson Santana/Fluminense FC
O presidente Mário Bittencourt prometeu que caso não seja vendido, Marcos Paulo renovará com o Fluminense Imagem: Mailson Santana/Fluminense FC

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

07/08/2020 15h03

Não é segredo que o Fluminense precisará vender jogadores para fechar as contas. A bola da vez é Marcos Paulo, maior ativo do Tricolor. Seu vínculo atual expira no meio de 2021, e, portanto, em janeiro, o atacante já poderia assinar um pré-contrato com qualquer equipe. Possibilidade rechaçada pelo presidente Mário Bittencourt: se não houver transferência na janela, o clube renovará com o jogador.

"Tanto o Marcos Paulo quanto os empresários sempre deixam claro que se não vendermos o jogador, vamos renovar o vínculo, porque o Marcos Paulo ama o Fluminense e, em caso de não haver venda agora, estenderemos o contrato", afirmou o presidente do clube em entrevista coletiva na FluTV.

A necessidade de vender, entretanto, não fará o Tricolor aceitar um valor baixo pelo jogador que é considerado uma joia desde as divisões de base em Xerém. Apesar de não falar publicamente, o Flu espera receber ao menos 15 milhões de euros (cerca de R$ 95 milhões) em uma possível transferência.

"Hoje nós não temos como sobreviver se não vendermos os jogadores jovens que são a bola da vez. Por que ele [Marcos Paulo] é a bola da vez? Por que ele subiu, jogou bem, a torcida o adora e tem valor de venda. Ele tem um carinho enorme pelo Fluminense, uma gratidão imensa. Nós temos ótima relação com ele e com o estafe dele. Ele sempre reforça que jamais sairá do clube sem que ele seja recompensado", disse.

Mário também explicou que, apesar de ter 100% dos direitos econômicos do jogador, precisará cumprir acordos anteriores à sua gestão em relação ao jogador e, por isso, nem todo o valor líquido da transferência entrará nos cofres do Flu.

"Foram feitos contratos de bônus para o atleta, exclusividade de comissionamento na venda para os empresários e para quem descobriu o atleta no passado. Se acontecer uma operação do Marcos Paulo, não vamos receber os 100%. O direito econômico é nosso, mas a receita líquida, teremos que cumprir contratos e pagar os bônus".

O portal da transparência do clube ainda não possui uma coluna para deixar essas minúcias claras para todos os acordos preestabelecidos. Promessa de sua campanha, a planilha disponível no site foi alvo de críticas por prever 100% dos direitos econômicos de Gilberto.

Na verdade, o Fluminense possui 50%, mas por força de contrato com a Fiorentina, que vendeu o jogador ao Tricolor, registra os 50% como "sell-on", uma espécie de participação nos lucros sobre vendas futuras.

"É um contrato de bonificação. Vamos abrir uma terceira linha para explicar tudo isso. Não vamos dar os nomes de quem tem os direitos. Vocês podem descobrir, mas não vamos botar os nomes das pessoas porque eles têm direitos, cláusulas de sigilo. Não vamos abrir para interferência de terceiros. É um portal de transparência, não de interferência", contou.

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