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Grêmio vive com Diego Souza cenário que Renato nunca conseguiu antes

Everton Silveira/Agência Estado
Imagem: Everton Silveira/Agência Estado

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

11/08/2020 04h00

Diego Souza já tem nove gols pelo Grêmio em 2020 e se tornou não só titular absoluto, mas também peça-chave no time de Renato Gaúcho. A influência no jogo gremista vai além das conclusões decisivas e assistências — como aconteceu no Gre-Nal 426. A figura do pivô voltou com força na equipe e com desdobramento para inversão do camisa 29 com outro jogador. A atual fase do ex-jogador de São Paulo e Botafogo é tão boa que é também ímpar na era Renato, iniciada em setembro de 2016.

Renato Gaúcho nunca conseguiu emplacar centroavante com tamanha efetividade. Lucas Barrios, em 2017, e Jael, no ano seguinte, chegaram perto de algo parecido. Mas sem serem artilheiros isolados do Grêmio.

Aos 35 anos, Diego Souza participou de 13 das 19 partidas do Grêmio na temporada. E chama atenção pelos gols, nove no total e quatro deles em cinco jogos depois da retomada.

"Não tem segredo. O time é muito bom, tem muita qualidade e sou privilegiado de participar de uma equipe como essa. Meu trabalho ali na frente é fazer gols", disse Diego Souza ao Premiere, no intervalo do jogo com o Fluminense, no último domingo (9), pelo Brasileirão.

Em 2017, Barrios terminou o ano dividindo a condição de goleador da equipe com Luan, com 18 gols para cada um. Em 2018, Jael foi vice-artilheiro com 12 gols marcados — bem atrás de Everton Cebolinha, goleador com 19 bolas na rede.

Em comum, os centroavantes do Grêmio nos últimos anos viveram com altos e baixos em decorrência do sistema tático. A produção dos meia-atacantes pelos lados sempre chamou mais atenção, vide a linha de produção de jogadores da função: Pedro Rocha, Everton e Pepê.

Com Barrios, o Grêmio tinha o pivô e ao mesmo tempo um jogador que saia da área. Jael, na temporada seguinte, se afirmou fazendo especificamente o papel da referência. O chamado ponta de lança fixo, acionado para prender a bola à espera do resto do time.

Diego Souza, em 2020, faz um misto das atribuições. Com especialidade em jogo aéreo. A impulsão decisiva contra o Internacional, em dois clássicos do Gauchão, é tratada nos bastidores como consequência de uma forma física para lá de em dia. Nas avaliações internas, o camisa 29 tem os melhores índices — mesmo após a parada de quatro meses.

O Grêmio, de Diego Souza e companhia, volta a campo diante do Ceará. O jogo, em Fortaleza, acontece amanhã (12), às 21h30. O goleador do time pode até ser preservado, em virtude do desgaste.