Milton Leite critica volta do futebol após problemas no Brasileiro
Para Milton Leite, os recentes problemas no Campeonato Brasileiro, decorrentes da pandemia de coronavírus, só comprovam que a volta do futebol foi precipitada.
Presente no Redação SporTV de hoje, o narrador aproveitou o debate sobre a liberação de quatro jogadores do Atlético-GO que testaram positivo para covid-19 para entrarem em campo contra o Flamengo para criticar o retorno da modalidade. Milton ainda citou os dois testes positivos no Corinthians, que enfrentou o Palmeiras no último sábado pela final do Campeonato Paulista, e o alto número de contaminados no Goiás.
"Nós já tivemos campeonatos estaduais, e os protocolos falharam. Os clubes não respeitaram protocolos que eles mesmos tinham aprovado com as federações. Aí você tem uma primeira meia rodada do Campeonato Brasileiro, porque foram muitos jogos adiados. Aí você tem o caso do Goiás, que você já muda todo o protocolo para a segunda rodada. Tem uma série que questões que só comprovam como foi açodado de fazer o futebol voltar no Brasil", disse Milton Leite, que seguiu:
"O Goiás vai ter um monte de desfalques para a segunda rodada, porque um monte de gente deu positivo na primeira, então, tecnicamente, já desequilibrou o Campeonato. Aí tem essa questão do Atlético-GO. Aí o Corinthians teve dois jogadores com testes positivos. O Gil, inclusive, jogou contra o Palmeiras. Aí você fica pensando: se ele deu positivo e jogou contra o Palmeiras há três dias, será que não contaminou o pessoal do Palmeiras?".
Na sequência, o narrador recordou a situação do país no combate à pandemia de coronavírus e voltou a dizer que o retorno do futebol foi "açodado". Ontem, o Brasil chegou a 103.099 óbitos pela doença, além de 3.112.393 casos. Os dados foram coletados pelo consórcio de veículos do qual o UOL faz parte.
"Acho que todos esses pequenos probleminhas, que vão formar um grande problema, só mostram como foi irresponsável a decisão da CBF e das Federações. Foi muito açodada essa decisão, porque a gente ainda está no platô, e a gente quer fazer futebol, colocar 40 ou 50 pessoas se reunindo, se abraçando, confraternizando", disse o narrador.
"O Centro-Oeste, onde está Goiás, foi uma das regiões mais atingidas nesses últimos meses, onde os casos mais cresceram. A gente tem o Sul do país ainda muito problemático. Tem esse Brasil, que é gigante, e cada lugar tem uma situação diferente. Tudo isso só me leva a uma conclusão: não deveríamos ter voltado com o futebol", encerrou.
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