Entenda por que o Palmeiras escolheu o Morumbi para o jogo contra o Santos
O Palmeiras mandará contra o Santos, no dia 23, sua primeira partida no Morumbi desde 2007. Quando não pôde usar o Allianz Parque, como será no clássico da quinta rodada do Campeonato Brasileiro, o clube sempre buscou outros locais, e por isso muitos torcedores se questionaram pelos motivos da decisão de voltar a usar a casa do São Paulo.
O novo Palestra Itália tem recebido durante a pandemia o evento "Arena Sessions", em que ocorrem apresentações para o público que acessa o local de carro. Nos dias 21 e 22 vão ocorrer dois shows: Projota e CPM 22 na primeira noite, e Marcos e Belutti na segunda.
O Pacaembu é a primeira opção alviverde nestes casos desde o início das obras do Allianz, mas agora passa por reformas e não deve receber jogos até 2023. O Palmeiras, então, ficou entre a Arena Barueri e Morumbi. Veja abaixo o que fez o estádio do rival levar vantagem e ser a "casa" alviverde pela primeira vez desde o Dérbi de 23 de setembro de 2007, vencido pelo Verdão por 1 a 0.
Boa estrutura e Pacaembu fechado
A diretoria de futebol considera que o Morumbi possui bom gramado e uma estrutura que não irá prejudicar a equipe fora do Allianz Parque. O Pacaembu normalmente preenchia estes requisitos, aliado ao fato de ser considerado um local neutro, já que os rivais vinham usando cada vez menos o estádio municipal.
Depois de ser hospital de campanha por conta da pandemia do coronavírus, o piso no Pacaembu ficou bastante danificado e teria de passar por um trabalho de recuperação profundo. Como já estava prevista a reforma para transformar o estádio em uma arena, o consórcio privado que gere o espaço apenas antecipou o fim dos jogos.
Deslocamento mais curto
O estádio do Morumbi, entre as opções com um bom campo, é aquele que fará o Palmeiras ter menor deslocamento. Levar o jogo para Araraquara (SP), como ocorreu no Choque-Rei de janeiro, por exemplo, poderia ser um dificultador diante do calendário apertado, com dois jogos por semana. Mantendo o duelo com o Santos em São Paulo (SP), o Palmeiras entende que vai amenizar problemas por desgaste físico.
Barueri em fase laranja pela covid-19
O Palmeiras tinha até ontem (13) para comunicar a CBF da escolha do novo local. E até então, Barueri estava na fase laranja no "Plano São Paulo" de combate ao coronavírus. A cidade foi "rebaixada" para esta categoria, a segunda no processo de reabertura do estado, à frente apenas da vermelha, que significa alerta máximo.
A grande São Paulo e Baixada Santista já estão na fase amarela, e o Palmeiras tomou a decisão por entender que não há certeza se Barueri voltará para a terceira etapa até o clássico. Diante disso, o clube protocolou na CBF a escolha do Morumbi.
Último jogo como mandante no estádio foi em 2007
Historicamente, os grandes clubes de São Paulo mandaram partidas importantes no Morumbi - o Palmeiras, por exemplo, recebeu o Corinthians no estádio em alguns Dérbis históricos, como a final do Campeonato Paulista de 1993, além dos duelos na Copa Libertadores de 1999 e 2000.
Mas a partir de 2008 este movimento tornou-se raro entre os membros do Trio de Ferro por brigas políticas. Ainda que o Palmeiras não tenha feito como o Corinthians, que anunciou publicamente ainda em 2009 não mandar mais partidas no Morumbi, o estádio a partir da gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo nunca mais foi realmente cogitado pela diretoria alviverde.
Em sua segunda passagem, entre 2010 e 2012, Luiz Felipe Scolari não escondia o desejo de voltar ao Morumbi, em vez de atuar no Pacaembu, na época ainda dividido com o Corinthians. Mesmo com pedidos em entrevistas para jogar no palco de partidas marcantes no fim dos anos 90, o então presidente Arnaldo Tirone sempre desconversou.
Quando Felipão conseguiu convencer de jogar menos vezes no Pacaembu, a diretoria optou pelo Canindé e pela própria Arena Barueri, casa do título da Copa do Brasil de 2012. Na gestão de Paulo Nobre, o Pacaembu sempre foi a opção imediata, tanto no fim da reforma, quanto em casos de shows. Além disso, em 2014 ele rompeu com o presidente tricolor Carlos Miguel Aidar. A relação entre os clubes já não é mais conturbada como naquela época.
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