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Saída de Rafinha abre lacuna em campo e no vestiário do Flamengo

Flamengo comemora título da Supercopa do Brasil com samba liderado por Rafinha - Lucas Figueiredo/CBF
Flamengo comemora título da Supercopa do Brasil com samba liderado por Rafinha Imagem: Lucas Figueiredo/CBF

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

15/08/2020 04h00

De malas prontas para trocar o Flamengo pelo Olympiacos, da Grécia, o lateral direito Rafinha deixa uma lacuna complicada a ser preenchida dentro e fora de campo no Flamengo.

Uma das maiores lideranças do elenco, o jogador era uma espécie de "capitão sem faixa" no clube. Em pouco mais de um ano de Rio de Janeiro, Rafinha transformou o samba na trilha sonora do vestiário e exerceu forte influência sobre os colegas, sobretudo entre os mais jovens do elenco. Preocupado com o bom ambiente, tornou-se um conselheiro dos colegas e animou o Ninho do Urubu com os instrumentos de corda e percussão que levou para o centro de treinamento.

Dono absoluto da posição, Rafinha deixa um 'abacaxi' para o técnico Domènec Torrent e para a cúpula do futebol, que já está mapeando o mercado da bola em busca de uma reposição. Com João Lucas e Matheuzinho como alternativas, o Fla terá de correr para dar uma peça a altura para o espanhol.

"O Flamengo lamenta, não gostaríamos de perder o atleta. Ele veio para o Flamengo e os resultados não são questionáveis. Ele ajudou muito a gente. Tem 34 anos e recebeu uma proposta para que ele ficasse dois anos jogando em alta performance. Ele entendeu que deveria sair e nos comunicou. O Fla tentou entender a proposta, são números que são grandes", disse ele.

Quando optou pelo Rubro-Negro, em meados de 2019, o atleta tinha propostas para seguir jogando na Europa. Como chegou ao clube carioca sem custos — não foi preciso pagar multa rescisória ao Bayern de Munique —, seu contrato tem incluída uma cláusula gratuita de saída para o exterior. Assim, ele pode rescindir com os rubro-negros a qualquer hora se aceitar uma proposta de fora do Brasil.

"O Rafinha fez a opção de sair do Flamengo por querer esse novo contrato. Há uma cláusula de volta para a Europa. As pessoas têm de entender que o Flamengo buscou um jogador no Bayern e não era apenas uma questão de convencê-lo de vir para o Flamengo, era um convencimento para mudar de vida. Foi maravilhoso enquanto durou. Se não houvesse essa cláusula, ele não teria vindo", completou.

Uma das prioridades da direção era antecipar as tratativas pela renovação do contrato do lateral e as conversas estavam em curso, o que aumentou a surpresa da cúpula de futebol. Sem um dos pilares do time supercampeão, o Rubro-Negro sofre um baque e terá de se reinventar.