Dome "revisita" Flamengo de Jesus e atenua pressão
A agitada semana do Flamengo termina com uma expectativa de novos ares. Em meio à enxurrada de críticas devido às mudanças promovidas no time, o técnico Domènec Torrent revisitou o esquema adotado por Jorge Jesus e conquistou a primeira vitória à frente da equipe rubro-negra — bateu o Coritiba, no Couto Pereira.
Contra o Coxa, o Fla foi escalado em um desenho semelhante ao usado no vitorioso ano de 2019. Mesmo que com algumas diferenças na movimentação, principalmente no setor defensivo, se mostrou um time "mais à vontade" em campo.
No confronto com o Atlético-MG, na estreia, Dome havia mantido o 4-4-2 que Jesus vinha utilizando, mas com uma forma de jogar distinta após poucos dias de treino. Diante do Atlético-GO, improvisou Rodrigo Caio na lateral direita e utilizou o 4-3-3 e, no segundo tempo, o 4-2-3-1.
O resultado foram atuações irreconhecíveis, duas derrotas — a segunda de forma acachapante —, e a necessidade de uma conversa com o grupo para alinhar expectativas e objetivos. Contra o Coritiba, um Rubro-Negro mais incisivo e com um ímpeto maior já pôde ser visto em campo. Um dos mais experientes do elenco, o lateral-esquerdo Filipe Luis admitiu que ainda há pontos a serem melhorados, mas indicou que "vimos o Flamengo".
O próprio Domènec apontou que o triunfo veio em uma partida em que a equipe jogou como " o verdadeiro Flamengo do ano passado".
"Somos Flamengo, precisamos ganhar todos os jogos, não começamos bem. Hoje acho que jogamos como o verdadeiro Flamengo do ano passado, e isso foi muito importante. Acho que é a primeira (vitória) de muitas", disse, após o duelo.
João Lucas titular
Sem Rafinha, que se despediu rumo ao Olympiacos, da Grécia, Domènec deixou o improviso de lado e escalou o lateral-direito João Lucas na equipe titular. O jogador participou bastante do jogo e chegou a dar cruzamento para Pedro balançar a rede, mas o atacante estava em posição irregular.
Enquanto isso, a diretoria busca reposição no setor. Em entrevista coletiva na última sexta-feira, Marcos Braz, vice-presidente de Futebol do Rubro-Negro, afirmou que a cúpula havia começado um "processo efetivo" para contratação. O dirigente não descartou a possibilidade de um acerto com um jogador estrangeiro, desde que não tenha contrato ativo, uma vez que a janela já fechou.
"A partir desta decisão do Rafinha, começamos o processo efetivo de uma contratação para a posição. Eu não vou falar de nomes de jogadores porque atrapalha até a possível negociação com qualquer jogador que podemos ter. Se o jogador tiver contrato, a janela internacional vai de outubro a novembro. Mas se não tiver contrato, ele já pode vir. A reposição do Rafinha evidentemente é difícil. Longe de ser confortável, mas será reposto. Eu acho que tem grandes laterais. Mas a análise não é só a parte técnica. É saber se é possível trazer estes laterais que identificarmos. Eles se comprometem com os dirigentes, com os elencos. Não é fácil, mas é dever nosso achar", garantiu.
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