Galiotte defende Luxemburgo, mas admite que Palmeiras precisa melhorar
Após mais um empate no Campeonato Brasileiro, o presidente Maurício Galiotte saiu em defesa do técnico Vanderlei Luxemburgo. Em entrevista ao Mesa Redonda, da TV Gazeta, o dirigente recordou a conquista do Paulista, nos pênaltis, contra o Corinthians, e afirmou que, após a volta do futebol, nenhum time "está jogando bem".
No entanto, Galiotte admitiu que as duas últimas atuações do Alviverde foram abaixo do esperado. Mesmo assim, ele acredita que o time tem condições de evoluir nas mãos de Luxa. Após o 1 a 1 contra o Goiás, em casa, os palmeirenses lotaram as redes sociais pedindo a saída do treinador.
"Nós trabalhamos muito para a conquista do título, e conseguimos. Montamos um plano para isso, e o nosso torcedor ficou muito satisfeito. Naquele momento, a gente abriu mão de qualquer tipo de exibição para competir, e o Palmeiras conseguiu o título. Faz uma semana e, com certeza, o nosso torcedor ficou muito orgulhoso de ganhar um título sobre o nosso rival", afirmou Galiotte.
"Só que atuar no Palmeiras não é fácil. O palmeirense é extremamente exigente, então, além de conquistar, nós temos que jogar bem, convencer e ganhar sempre. Isso não ocorreu ainda contra times da Série A, e este é um indicador importante, temos que ficar atentos, sim, porque isso aponta para a nossa necessidade de evoluir e melhorar. O Palmeiras não foi bem ontem, jogamos muito aquém do que podemos. Foi um jogo muito ruim. A gente pode, e tem totais condições, de evoluir. Estamos trabalhando para isso. (...) Nós não começamos o Campeonato Brasileiro como tínhamos planejado. As nossas atuações estão muito abaixo. Contra o Fluminense, foi um jogo razoável. Contra o Goiás, nem isso. Foi muito aquém do que a gente espera, precisa e pode", completou.
Na sequência, o presidente destacou o longo relacionamento de Luxemburgo com o Palmeiras, e se mostrou satisfeito com o início de trabalho do treinador.
"O Luxemburgo está fazendo um bom trabalho, acabou de ser campeão paulista. Não podemos esquecer disso. Nós acabamos de ganhar um título. Se a gente levar todo o nosso raciocínio para uma decisão emocional, nós não vamos dar continuidade ao trabalho, e isso não pode acontecer. O Luxemburgo conhece o nosso clube, a nossa torcida, os dirigentes, o palmeirense, o nosso DNA. Nós ficamos 120 dias parados. Ninguém está jogando bem. Eu, obviamente, só respondo pelo Palmeiras, mas não é simples a situação que estamos passando. O momento não é simples. Falta ritmo de jogo, jogadas, uma série de coisas que só o tempo vai proporcionar", falou.
E o "Paulistinha"?
Em relação a expressão "Paulistinha", usada pelo presidente palmeirense para classificar a conquista do Corinthians em 2018, Galiotte afirmou que o termo deve-se "sacanagem" que culminou na anulação de um pênalti marcado a favor do Palmeiras. Dois anos depois, o cartola voltou a afirmar que houve interferência externa. O Alviverde, no entanto, foi derrotado na Justiça.
"Quando eu falei, em 2018, o termo Paulistinha, é porque aquele campeonato foi transformado num Paulistinha. Houve uma atitude extracampo que decidiu o Campeonato. Não foi decidido dentro das quatro linhas, foi decidido fora. Houve interferência. Ali houve sacanagem. Por isso que usei o termo Paulistinha", relatou o dirigente.
Na ocasião, o Palmeiras reclamou de interferência externa na decisão do árbitro Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza em anular um pênalti assinalado a seu favor, em lance envolvendo o corintiano Ralf e o então palmeirense Dudu. O Corinthians acabou vencendo a partida por 1 a 0 e ficou com o título ao superar o Alviverde na disputa de pênaltis.
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