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Liga dos Campeões 2019/2020

Cavani e Werner: a história de dois atacantes que desistiram da Champions

Aurelien Meunier - PSG
Imagem: Aurelien Meunier - PSG

João Henrique Marques

Colaboração para o UOL, em Lisboa (POR)

17/08/2020 04h00

Paris Saint-Germain e Leipzig disputam a semifinal da Liga dos Campeões na terça-feira, mas Edinson Cavani e Timo Werner não estarão em campo. Titulares no primeiro semestre, os dois preferiram interromper a tentativa do maior título de seus clubes para já focar o futuro em outros campos.

As duas decisões foram recebidas com surpresa nos bastidores de Leipzig e PSG. Werner não se interessou por um acordo do clube alemão com o Chelsea, com quem já tinha assinado contrato. Já Cavani ainda procurou "cutucar" a diretoria do PSG.

O uruguaio não aceitou a proposta de renovação contratual até o final da Liga dos Campeões. A saída aconteceu quando o contrato foi encerrado em junho, ainda com o futebol paralisado na França por conta da pandemia do coronavírus.

A desconfiança do PSG é de que a recusa em prolongar o contrato por dois meses seja uma resposta de Cavani por não o negociar em janeiro com o Atlético de Madrid. Na época, o uruguaio pediu a transferência, mas viu o PSG comunicar que o clube espanhol não atingiu as exigências feitas pelo acordo. O clube parisiense queria cerca de 20 milhões de euros (pouco mais de R$ 85 milhões). O cenário vivido com Neymar na negociação com o Barcelona meses antes foi o mesmo, com o PSG comunicando que os catalães não ofereceram o bastante.

Na análise da diretoria do PSG, Cavani era peça importante justamente para a fase eliminatória da Liga dos Campeões. O atacante foi titular no último jogo do time, a vitória por 2 a 0 contra o Borussia Dortmund, que garantiu a vaga para as quartas de final da Liga dos Campeões.

A saída prematura chocou os fãs do PSG. O uruguaio é o maior goleador da história do clube, com 200 gols em 301 jogos. São 21 títulos conquistados. E ele era considerado o maior ídolo da torcida parisiense entre os jogadores do elenco atual.

Saída de Werner foi pacífica

Diferentemente de Cavani, Timo Werner saiu do Leipzig sem atrito com a diretoria. No início de junho, o clube alemão aceitou proposta do Chelsea de 60 milhões de euros pelo atacante e procurou ouvir seus desejos sobre a finalização da temporada.

Na época, o futebol alemão já havia recomeçado após a pausa da pandemia do coronavírus, mas Werner alegou ter intenção de mudança o mais rápido possível para Londres. O objetivo era ambientar-se na cidade e respeitar o futuro clube sem estar sob risco de lesão em jogos decisivos da reta final da temporada.

"Claro que me dói não poder ajudar o Leipzig a jogar na Liga dos Campeões, mas sou jogador do Chelsea desde 1º de julho e estou sendo pago pelo Chelsea a partir de então", disse Werner ao jornal alemão "Sportbuzzer".

"Eu tive que me manter fora da questão da Liga dos Campeões, pois estava claro que eu teria que machucar um dos dois clubes", complementou.