Lesão de Guerrero leva Inter ao mercado, mas contratar não será simples
O Internacional está novamente decidido a contratar. A lesão de Paolo Guerrero levará o Colorado ao mercado da bola atrás de uma reposição para o ataque com potencial para ser titular do time. Mas a impossibilidade de contratação de jogadores vindos de fora do país e as limitações financeiras tornam a chegada uma colcha de retalhos.
"Criatividade, pesquisa, informação, temos que ter cautela e paciência para fazer um movimento cirúrgico e correto. Para não cometer erros dos quais a gente possa se arrepender", disse o presidente Marcelo Medeiros à Rádio Bandeirantes. "Se vem, se não vem, agora, depois, de fora, do mercado interno, são variáveis que serão analisadas com cautela, serenidade e paciência", finalizou.
Impossibilidade financeira
Ainda que esteja perto de anunciar a venda do zagueiro Bruno Fuchs ao CSKA Moscou por 8 milhões de euros (cerca de R$ 52,3 milhões na cotação atual) imediatos — o valor ainda pode ficar maior com bônus e nova venda —, o clube gaúcho já convivia com a necessidade de receber verba de saídas para manter o fluxo financeiro na temporada.
Além disso, a saída do zagueiro não abriu muito espaço na folha de pagamento. Os vencimentos mensais do jovem de 21 anos passavam longe do topo dos maiores salários do Inter. Por outro lado, mesmo sem jogar devido à lesão no joelho direito que o tirou dos gramados até o fim da temporada, Paolo Guerrero segue, obviamente, com vínculo em vigor e com vencimentos altos todo mês.
Mercado fechado
Com mercado fechado para chegada de jogadores de fora do país, o Inter depende de duas fontes para repor a ausência de Guerrero. A primeira opção é o mercado interno, com os principais jogadores empregados e os clubes vivendo reflexos da pandemia de novo coronavírus, ou seja, dispostos a receber valores consideráveis por seus atletas. Qualquer movimento só seria facilitado com jogadores em baixa.
A outra alternativa são atletas que rescindiram ou ficaram sem vínculo enquanto a janela ainda estava aberta. Neste cenário, jogadores — mesmo de fora do país — poderiam assinar contrato novo. Pesaria, aqui, o tempo parado e a condição na qual o jogador parou de atuar.
Imposição de experiência e exigência de Coudet
Enquanto a direção tem empecilhos para contratar, o técnico Eduardo Coudet quer mais jogadores. Se antes mesmo da lesão do peruano ele já pedia novos atacantes, agora requer além de quantidade, qualidade e experiência. Ao citar a falta de rodagem dos jovens que tem entrado repetidamente, Coudet revela que precisa de atletas mais 'pesados' para levar o Inter a ser protagonista.
Portanto, o filtro para achar o alvo ideal se torna complexo. Precisa ser um jogador que caiba no orçamento, que o clube dono dos direitos aceite ceder ou que tenha ficado sem contrato, de qualidade, experiente, e disposto a se mudar para Porto Alegre e encarar o desafio de atuar no Inter.
Vários nomes tomaram as redes sociais desde a confirmação da lesão de Guerrero. Entre eles Alexandre Pato, Ricardo Oliveira, Marco Rúben, Cléber e Luiz Adriano. Apenas o último teve contato confirmado pela direção do clube. E, da mesma forma, não há uma negociação em andamento para chegada dele.
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