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Liga dos Campeões 2019/2020

Bayern dos massacres faz 4 por jogo; PSG das estrelas muda mais de faces

Lewandowski é a principal arma de um Bayern "estável"; PSG sofreu e muda mais - Arte/UOL
Lewandowski é a principal arma de um Bayern "estável"; PSG sofreu e muda mais Imagem: Arte/UOL

João Henrique Marques

Do UOL, em Lisboa (POR)

23/08/2020 04h00

As campanhas na atual edição da Liga dos Campeões mostram perfis diferentes para os finalistas Bayern de Munique e Paris Saint-Germain. O time alemão é acostumado a impor pressão e massacrou adversários com o auge do 8 a 2 ao Barcelona nas quartas de final. Já o PSG soube explorar bolas paradas e contra-ataques e passou sufoco na caminhada à final. O clube francês, no entanto, acredita ter o encaixe necessário para o triunfo.

O Bayern não muda em nada a filosofia de jogo de acordo com o adversário. O super ataque tem 42 gols marcados, em 10 jogos disputados na competição. Média de 4.2 gols por partida. Na campanha, o time tem 100%, tendo uma vitória por 3 a 2 contra o Olympiacos, na Grécia, na fase de grupos, como o resultado mais apertado.

Já o PSG tem 23 gols marcados em 10 jogos. A média é de 2,3 por partida. Na campanha, o time passou apuros quando perdeu por 2 a 1 para o Borussia Dortmund na partida de ida pelas oitavas de final — virou o confronto ao vencer por 2 a 0 em Paris. A eliminação ainda esteve mais próxima quando o Atalanta vencia o jogo das quartas de final por 1 a 0 até os 42 minutos do segundo tempo — o time parisiense virou por 2 a 1.

O PSG tem variação de jogo conforme o adversário. Contra o Bayern, a postura defensiva é provável, com foco em explorar a velocidade de raciocínio de passes de Neymar, e a corrida de Mbappé. Já o Bayern vai pendurar os alas no ataque e adiantar a linha de zaga até quase o meio-campo.

"Vai ser muito difícil. Sabemos que o Bayern venceu todos os seus jogos e é uma equipa muito forte. Mas sempre há espaços e soluções a serem encontradas. Agora não é hora para grandes mudanças", destacou o treinador do PSG, o alemão Thomas Tuchel, em entrevista coletiva na véspera do jogo.

"Estar com posicionamento adiantado não significa deixar espaços ao adversário. O Lyon (adversário da semifinal) jogou com a bola longa, e nós precisamos fechar esses espaços para os passes. Sabemos que no PSG eles são rápidos, é uma equipe top. Só que nós vamos sempre colocar nossa filosofia e jogar um futebol atrativo, Não vamos mudar muita coisa", destacou o treinador do Bayern de Munique, o também alemão Hans-Dieter Flick.

Artilheiros em situações distintas

Artilheiro do Bayern de Munique e da Liga dos Campeões, Robert Lewandowski, com 15 gols, é a peça-chave do time. Já o do PSG, Mauro Icardi, com 5 gols, será reserva. O contraste dá o tom das mudanças impostas pelos treinadores na fase final do torneio em Lisboa.

O Bayern teve o mesmo time nas vitórias contra Barcelona e Lyon. Já Thomas Tuchel fez alteração até no esquema tático saindo do 4-3-3 contra a Atalanta para o 4-4-2 diante do Leipzig. No cenário, Icardi perdeu a posição com a escolha por 3 volantes em campo (Marquinhos, Paredes e Herrera).

Para a final, novas mudanças serão feitas por Tuchel. O treinador tem o retorno de Verratti e Gueye no meio-campo e pretende os colocar nas vagas de Paredes e Herrera. A única dúvida na relação é o goleiro Keylor Navas, que se recupera de lesão na coxa e já não enfrentou o Leipzig.

O provável PSG para a final é: Navas (Sérgio Rico); Kherer, Thiago Silva, Kimpembe e Bernat; Verratti, Marquinhos e Gueye; Neymar, Mbappé e Di Maria.

O Bayern de Munique deve ir a campo com: Neuer; Kimmich, Boateng, Alaba e Davies; Goretzka, Thiago Alcantara e Perisic (Coman); Gnabry, Müller e Lewandowski.