"Gabigol do Japão" faz mais gols do que o original e ganha até camiseta
Sete gols em dez jogos, ídolo de torcida rubro-negra, homenageado com camisa e campanha: "Hoje tem gol!". Poderia ser o Gabriel Barbosa, mas estamos falando de Leonardo Souza, o "Gabigol do Japão", artilheiro do Urawa Red Diamonds que contou ao UOL Esporte sobre as comparações com o goleador do Flamengo.
Ambos são atacantes de mobilidade, têm 23 anos, foram revelados pelo Santos na mesma época e lá chegaram a treinar algumas vezes, mas não jogaram juntos. Aí cada um rumou para um lado. No outro lado do mundo, o sucesso de Leo Souza é tamanho que os torcedores criaram uma linha de camisetas especiais com a frase "hoje tem gol do Leogol!".
"Surgiu meio que do nada: um torcedor ficou muito conhecido aqui por traduzir o que os estrangeiros publicam na internet, aí alguém teve a ideia da camiseta e lançou. Nos jogos já estão usando muito essa camiseta, mandaram de presente para minha família; eu gostei bastante", conta o atacante, que não vê problema nas comparações com o 9 do Flamengo.
"Eu gosto, porque comparam também pela personalidade forte, pelos gols e comemorações. Não tenho contato direto com ele, mas temos alguns pontos e atitudes parecidos", diz Leonardo.
Após paralisação por causa da pandemia, o futebol japonês foi retomado em julho, e Leo Souza voltou animado: a marca de sete gols em dez partidas é melhor que a de Gabigol, que em oito jogos pelo Flamengo só um — contra o Grêmio, na quarta-feira (19).
"O coronavírus atrapalhou um pouco [a temporada], mas agora estou tentando aproveitar este momento ao máximo. Jogando toda quarta e sábado não é sempre que dá para fazer gols, mas felizmente tem dado tudo certo", diz o destaque do Urawa Red Diamonds.
Leonardo joga no Japão há três anos e não parou de fazer gols desde que chegou: foi artilheiro da terceira divisão em 2018, da segunda divisão no ano passado, e neste ano é o vice-artilheiro da J-League com oito gols em 11 rodadas.
Estádio já tem torcida, mas não tem festa
O Japão já permitiu o retorno controlado das torcidas de futebol aos estádios, mas em número e barulho reduzidos: os públicos são limitados a 5 mil pessoas, e quem vai não pode sequer gritar, só bater palmas — a medida visa a diminuir o risco de contágio do coronavírus, quase sempre transmitido pelas vias respiratórias.
"A volta é estranha, porque o Urawa botava 60 mil torcedores por jogo e do nada ficou sem ninguém. Fica um clima meio de amistoso", diz Leonardo Souza. "Atacante vive de confiança lá em cima, de alto astral. Então é difícil quase não ter contato com o torcedor. Mas vejo as camisetas, vejo que estão apoiando meu trabalho, e isso me alegra. Claro que queria ouvir a música que eles cantam, mas agora não tem como", lamenta.
De longe, preocupação pelo Brasil
Leonardo não voltou ao Brasil durante a pandemia. Em vez disso passou os meses de quarentena no Japão mesmo, receoso com o avanço do coronavírus no país natal. Agora ele já voltou a trabalhar, mas permanece a preocupação à distância com a família.
"Meu irmão é do grupo de risco, a família da minha esposa também, então bate um receio. Aqui temos canais de TV brasileiros e vemos que cada dia piora mais, as pessoas não cumprem [o isolamento], já voltaram a abrir bar e balada... Isso preocupa", admite.
No Urawa Red Diamonds, toda semana Leonardo passa por um teste de covid-19 — um protocolo semelhante ao adotado no Campeonato Brasileiro. Mesmo assim a J-League tev que adiar uma série de partidas, incluindo as quatro últimas do Sagan Tosu, que soma 12 pessoas contaminadas.
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