PSG faz França entrar em êxtase na Champions; Bayern e alemães estão calmos
Ao descer do ônibus carregando uma caixa de som no volume máximo, Neymar agita a chegada do Paris Saint-Germain no hotel em Lisboa após a conquista da vaga na final da Liga dos Campeões. Perto dali, o desembarque do também finalista Bayern de Munique é calmo como um dia qualquer. Os clubes chegam para a decisão contrastando euforia com frieza muito pela diferença histórica entre eles, mas também pela maneira como França e Alemanha estão encarando a disputa.
O representante francês, PSG, tem apoio até de rivais. O diretor esportivo do Lyon, o brasileiro Juninho destacou: "Eu espero que o PSG ganhe. Isso é importante para a Ligue 1 (Campeonato Francês)". O discurso foi seguido por vários cartolas de clubes importantes do país.
O Campeonato Francês carrega imagem de competição bastante inferior aos campeonatos Espanhol, Inglês, Alemão e Italiano. A comercialização de direitos de transmissão internacional é abaixo da expectativa da organização. No Brasil, por exemplo, a temporada 2020/21, que já começou, ainda não tem nenhuma TV com proposta feita para exibição.
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A França tem apenas um título de campeão na Liga dos Campeões, com a conquista do Olympique de Marselha em 93. A ausência de troféus de representantes do país no torneio mais importante da Europa também leva vários franceses à torcida pelo PSG na final.
A euforia que os jogadores do PSG demonstram em Lisboa reflete em muito o comportamento da torcida em Paris. A tradicional avenida Champs-Élysées foi tomada por milhares de torcedores na comemoração da conquista da vaga à final. Neste domingo, a prefeitura anunciou que ela terá apenas a circulação de pedestres permitidas, e garantiu a presença de mais de 3.000 policiais na região.
O clube participa da programação de festejos. O Parque dos Príncipes, o estádio do PSG, exibirá a final em um telão para 5.000 pessoas, a capacidade máxima permitida pelo governo francês para eventos por conta da pandemia do novo coronavírus.
Neste sábado, a prefeita de Paris Anne Hidalgo, anunciou que estará presente no estádio da Luz para acompanhar a final. O convite foi feito pelo PSG.
"Quando o PSG vence, toda a cidade de Paris vence. Costumamos dizer que Paris é a segunda marca mais famosa do mundo, atrás da Coca-Cola. O PSG não está muito atrás. Também carrega, vez após vez, a imagem de um esporte popular que vem do meu coração. Isso sem falar nos benefícios econômicos", diz a parisiense Anne Hidalgo em entrevista.
O "gelado" Bayern de Munique
Vitorioso, o Bayner de Munique não tem tratamento especial para a atual edição da Liga dos Campeões. Além de buscar a conquistar de seu sexto título, os alemães alcançaram uma expressiva marca se tornando o clube que mais disputou finais de Champions no século XXI. São 5 no total (2001, 2010, 2012 e 2013, com dois títulos obtidos).
No elenco também não há jogadores que são conhecidos por comportamento eufórico. Um dos líderes, o alemão Thomas Müller comemora, constantemente, seus gols apenas com um grito. Até o brasileiro Philippe Coutinho também tem celebração contida.
Na Alemanha, o Bayern também sofre com a baixa aceitação fora da região de Munique. Os torcedores do time carregam a fama de arrogante e sabem que não contam com a maioria do apoio do país na final contra o PSG.
Diferentemente do vivido em Paris, as celebrações em Munique foram pontuais, quase sem espaço na mídia. Não há cenas de aglomeração e festejos que impressionam. O clube também não armou festa neste domingo para um possível título. A impressão é que trata-se de um dia qualquer.
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