Mais que 8 a 2: os possíveis motivos que levaram Messi a desistir do Barça
A primeira temporada em 11 anos sem título e a eliminação vexatória da Liga dos Campeões, nas quartas de final, no 8 a 2 diante do Bayern de Munique, parecem ter sido o limite para Lionel Messi e fizeram o argentino exigir sua saída imediata do Barcelona.
No entanto, muito antes da crise desta semana, o craque já havia demonstrado descontentamento com alguns posicionamentos do clube catalão — tanto dentro quanto fora de campo. Segundo a cobertura da imprensa espanhola, as atuações dos dirigentes nos bastidores do clube também influenciaram na decisão do jogador de 33 anos.
Nos últimos anos, o time catalão colecionou derrotas históricas na principal competição europeia: contra a Roma, em 2017/18, e contra o Liverpool, em 2018/19. A humilhação contra os alemães acrescentou mais um capítulo nas páginas das decepções internacionais do time espanhol.
Além desses motivos, existem outras ações de Messi que ilustram o seu posicionamento de querer, neste momento da carreira, deixar a equipe.
Confira abaixo:
Resposta a Abidal
Em 2018, o ex-jogador francês assumiu no Barcelona o cargo de secretário-técnico. O dirigente afirmou ao jornal 'Sport', em fevereiro deste ano, que muitos jogadores estavam descontentes com o trabalho de Ernesto Valverde (técnico naquele tempo, que acabou sendo demitido).
Ao ler a matéria, Lionel Messi postou em suas redes sociais uma resposta às declarações de Abidal: "Acho que quando se fala de jogadores deve dar nomes, pois, caso contrário, estaremos sujando todos e alimentando coisas que são ditas e não são verdadeiras".
Além disso, a publicação do argentino ainda sugeriu que o ex-jogador se preocupasse com as questões extracampo, ao invés de falar sobre os jogadores e o comando técnico.
O substituto de Neymar
Com o camisa 10 da seleção brasileira no clube, o Barcelona viveu momentos muito bons, conquistou a Liga dos Campeões e teve um trio de ataque que ficou imortalizado como MSN — Messi, Suárez e Neymar.
Porém, em 2017, Neymar deixou o clube rumo ao Paris Saint-Germain, e o time catalão não conseguiu encontrar um substituto a altura. Desde a saída do craque para o time francês, o Barça contratou Ousmane Dembele, Philippe Coutinho e Antonie Griezmann — que custaram aos cofres do clube 355 milhões de euros ao todo (cerca de R$ 2,31 bilhões na cotação atual) e não renderam nem perto do esperado.
'Descarte' de Suárez
Lionel Messi sempre deixou claro em todas suas redes sociais que Luis Suárez é um amigo pessoal fora de campo - eles são vizinhos e suas famílias sempre estão juntas. O novo técnico da equipe, Ronald Koeman, avisou o atacante uruguaio que ele não faz parte dos planos da equipe e que deve procurar um novo time para a próxima temporada.
Esse fato teria incomodado o argentino, que antes de saber da dispensa, já teria afirmado em uma reunião com o comandante holandês se sentir mais fora do Barcelona do que dentro do clube.
Falta de perspectiva para o futuro
O Barcelona tem em seu atual elenco uma geração que foi vitoriosa no clube, como Piqué, Jordi Alba, Sergio Busquets, Ivan Rakitic, Messi e Luis Suárez. Todos os jogadores citados já ultrapassaram os 30 anos e não conseguem carregar o time como em outros momentos.
Apesar de ter boas promessas na equipe, a mescla entre as duas gerações não funcionou, e o futuro do Barcelona deverá ser reescrito com novos nomes — como ocorreu no início da 'era Guardiola'.
Pep Guardiola assumiu o Barça em 2008, quando o time terminou a temporada 2007/08 sem título sob o comando do holandês Frank Rijkaard e tinha nomes como Ronaldinho Gaúcho e Deco no elenco. Messi foi o principal nome desta retomada, liderando um elenco que ainda contava com Xavi e Andrés Iniesta.
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