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Grêmio tem Alisson 'perito' em mata-mata como candidato a herói na final

Lucas Uebel/Grêmio FBPA
Imagem: Lucas Uebel/Grêmio FBPA

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

29/08/2020 04h00

Alisson ostenta um histórico pesado quando o assunto é jogo mata-mata pelo Grêmio. Titular absoluto desde o ano passado, o meia-atacante tem nove gols pelo clube em confrontos eliminatórios e é um dos candidatos a herói na final do Campeonato Gaúcho. O desempenho dele também vai ser importante para o time de Renato Portaluppi se adaptar a vida sem Everton Cebolinha, agora jogador do Benfica.

No Grêmio desde 2018, Alisson tem nove gols e cinco assistências em 38 jogos de mata-mata pelo time gremista. É lider de partidas entre todos os jogadores do elenco atual. E cresceu nos últimos jogos com novas atribuições e boas atuações.

Com Diego Souza liberado pelos médicos, mas ainda longe de estar 100%, o Grêmio pode precisar (e muito) do camisa 23 contra o Caxias. Alisson e Pepê estão com a missão de compensar as recentes baixas no time.

"É sempre difícil quando a gente perde um jogador que está há muito tempo no clube. Dificulta para todos, ainda mais sendo o Everton, que tem muita qualidade e identificação no clube. Mas é preciso superar e temos jogadores de qualidade no elenco para isso. É algo que vamos evoluir a cada partida e com o tempo vamos conseguir o melhor entrosamento e o melhor jeito de atuar", comentou Alisson, ao falar da saída de Cebolinha, via assessoria de imprensa.

Contra Flamengo e Caxias, Pepê entrou na área para marcar. Alisson e Isaque se mexeram e trocaram de posição. Algo cada vez mais comum no time de Renato Gaúcho.

"É algo natural e temos nos entendido muito bem. É um jogador de muita qualidade também e inteligente. A gente treina isso e faz nos jogos. O Renato nos pede, até para surpreender o adversário. Depende muito de cada jogo e de como desenvolvem as partidas", disse Alisson.

Confira outras respostas de Alisson

Você tem números muito bons em mata-mata pelo Grêmio. Gols e assistências. Existe uma preparação especial da sua parte para esse tipo de jogo?

Por mais que seja mais um jogo, mata-mata é sempre diferente. Pois não vamos ter outra oportunidade. É tudo decidido ali, em um jogo ou em dois. Procuro me concentrar ao máximo e tento não errar. Eu fico feliz pelos números de gols e assistências, pois sei que são jogos que ficam marcados na memória do torcedor. Espero poder melhorar ainda mais e seguir assim, pois é motivo de grande satisfação e também para ajudar o Grêmio nas conquistas.

As estatísticas mostram que o Grêmio mudou um pouco, na comparação com ele mesmo. Tem finalizado mais, trocado menos passes. Hoje você enxerga o time de que jeito? Mais reativo? Em uma evolução daquela ideia que existe há tempos com o Renato?

Acho difícil ainda fazer uma análise, pois ficamos muito tempo parados, algo que nunca passamos na vida. O Grêmio tem um estilo de muitos anos e não vai mudar assim tão drasticamente. O momento talvez seja mais de adaptar a cada partida, de como vem o adversário e também do desgaste. Mas o estilo ofensivo, de posse de bola e intenso do Grêmio vai continuar e a entrega, outra nossa marca, também.

O que vocês conversam no vestiário sobre a chance do tricampeonato gaúcho. O clube não consegue esse feito desde 1987.

Seria algo muito importante na carreira de todos, né. Ainda mais com muitos atletas presentes nessa sequência. Nos motiva ainda mais a buscar esse título e vamos fazer de tudo para isso. Temos uma boa vantagem, mas não podemos ficar pensando nela diante de um adversário muito difícil. Temos que construir a história nesse jogo para ficar com a taça.