Fred marca no Maracanã após 5 anos e vê Fla-Flu com Gabigol por artilharia

O Fluminense jogou bem, venceu o clássico contra o Vasco e chegou a terceira vitória seguida. Para melhorar, Fred, enfim, desencantou em grande estilo sobre o rival, colocando o Tricolor no G-4 do Campeonato Brasileiro pelo menos por uma noite.

Se precisou de sete jogos para enfim marcar no seu retorno ao Flu, o ídolo ainda tem outra marca a comemorar: chegou aos 31 gols e, segundo maior goleador do "novo Maracanã", reabriu o Fla-Flu com Gabigol pela artilharia na nova fase do antigo Maior do Mundo. O rubro-negro, que reduziu um pouco o ritmo, tem 37 gols no maior palco do futebol mundial.

Foram quase cinco anos de espera para balançar as redes do estádio novamente. O último gol de Fred no Maracanã foi na vitória por 2 a 0 sobre o São Paulo, em 2015. Depois, o palco fechou para obras para as Olimpíadas, e o atacante deixou o Fluminense — ainda como artilheiro do estádio com 30 gols.

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Por Atlético-MG e Cruzeiro, não marcou no campo preferido —apenas com as camisas do Tricolor e da Seleção. Pelo Flu, o último gol havia sido contra o Botafogo, exatos quatro anos e três meses atrás, em 29 de maio de 2016, mas no Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.

A diferença é que, desta vez, a torcida não pode comemorar junto do ídolo. Por conta da pandemia do novo coronavírus, o estádio, claro, não recebeu público. Mas a famosa canção —"O Fred vai te pegar!"— tocou alto no sistema de som da casa do Flu.

"É sempre bom ouvir a música, mesmo que por um DJ. Esse carinho que eu tenho recebido nas ruas, nas redes sociais, que é o microfone atual, então só posso agradecer a nossa torcida, a minha torcida, que me apoia em todos os momentos e tenho certeza que agora que desencantei, vai ser um gol atrás do outro", declarou.

O camisa 9 nem escondia a ansiedade para fazer o gol em seu retorno. O frio na barriga ficou claro nos primeiros jogos, principalmente contra Macaé e Botafogo, quando o ídolo perdeu chances que não costuma desperdiçar. Apesar das duas lesões que sofreu no curto espaço de sua volta, o jogador não esmoreceu e enfim voltou a balançar as redes.

"Muito feliz e emocionado. Tirei um peso das minhas costas, porque todo mundo criou muita expectativa na minha volta. E mais do que todo mundo, fiquei ansioso para as coisas darem certo o quanto antes, mas elas começaram hoje com o gol e a vitória", disse.

Lentos? Medalhões resolvem no contra-ataque

O veterano entrou na vaga de Evanílson aos 30 do segundo tempo, e em apenas cinco minutos em campo aumentou o placar.

Em um contra-ataque rápido, o camisa 9 recebeu lindo passe de Ganso —que substituiu Nenê e mais uma vez foi muito bem— antes de fuzilar no canto de Fernando Miguel e correr para comemorar com o banco de reservas. A dupla provou que a qualidade ainda é muito importante no futebol, apesar das críticas.

"A gente está tentando ajudar de todas as formas, principalmente a molecada de Xerém. Eles têm muita qualidade e personalidade, e a gente está tentando colocar nossa experiência em jogo. Independente da idade, eu, Ganso e Nenê estamos nos dedicando como moleque também, unido com eles", contou.

O resultado fez o Fluminense chegar ao G-4 do Brasileirão. Na quarta-feira, às 19h15, a equipe volta ao Maracanã para enfrentar o Atlético-GO e espera embalar de vez na competição.

"O gol e o resultado dão muita confiança para a sequência. Fomos a 10 pontos, temos mais um jogo em casa na quarta-feira e é embalar de vez para ficar na parte de cima da tabela", declarou.