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"Ramonismo" tem primeiro revés e expõe dificuldades do Vasco diante do Flu

Caio Blois e Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

30/08/2020 04h00

A derrota por 1 a 0 para o Fluminense foi não apenas um freio no bom momento do Vasco na temporada, mas também o primeiro revés do "Ramonismo", como vem sendo carinhosamente chamado pelo torcedor o estilo de jogo do time dirigido por Ramon Menezes .

Contra o Tricolor, o Cruz-maltino não foi o time solidário e participativo que vinha empolgando. Acabou expondo algumas fragilidades. Ramon tentou mexer, buscou alternativas, mas a noite não foi mesmo dos vascaínos, que viram o técnico ser derrotado pela primeira vez em oito jogos.

A baixa do meia Andrey pesou bastante e, com Carlinhos em seu lugar, a equipe perdeu muito na transição. O time ficou consideravelmente mais lento na hora de partir para o ataque, o que facilitou a tarefa dos adversários. Fellipe Bastos também não fez a bola correr mais rápido, e a equipe tornou-se mais previsível. Com o gol de Dodi, o time encarou dificuldades desde o início.

"Não foi apenas a falta do Andrey, mas também não tivemos o Bruno Gomes e o Vinicius. No segundo tempo, a equipe fez o que a gente trabalhou para fazer. A gente tem de ter calma, vínhamos em uma sequência de vitórias, temos de ter muita calma neste momento", analisou Ramon.

"A gente não conseguiu envolver o adversário e evoluir para campo deles. Mas o saldo é positivo, a gente não queria perder o clássico. Nós lutamos sempre, mas não conseguimos buscar o empate", admitiu o goleiro Fernando Miguel ao "Premiere".

Com Talles Magno inicialmente mais preso pelo lado esquerdo, o time perdeu também muito poder de fogo. Germán Cano foi figura apagada. Ramon colocou Juninho em campo, deu mais liberdade para o jovem e a mudança até surtiu efeito. Com mais espaço, o atacante incomodou mais, marcou o gol que reacendeu a esperança, mas foi expulso na sequência.

"A nossa equipe entrou desligada, nós temos que conversar mais para melhorar. O Talles fez a melhor partida desde o começo do ano, mas ele empurrou o Julião em um momento de explosão. Quando a gente está vencendo não somos os melhores, e não somos os piores quando perdemos", opinou o capitão Leandro Castán.

Após este momento de queda, o Vasco tem uma nova oportunidade para sacudir a poeira e retomar os dias melhores. Na quarta-feira, a equipe visita o Santos, 21h30, na Vila Belmiro.

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