Dome dobra aposta no Fla e vitória marca as digitais de um novo trabalho
Tão logo a escalação do time do Flamengo que enfrentou (e venceu por 1 a 0) o Santos foi divulgada, dúvidas pairaram sobre as alternativas escolhidas por Domènec Torrent para a partida.
Com Renê na lateral direita, o técnico voltou a colocar a mão no fogo e repetiu uma improvisação que já não havia funcionado muito bem. Com Gustavo Henrique, Thiago Maia e Michael nas vagas de Leo Pereira, Arão e Everton Ribeiro, respectivamente, o treinador arriscou ainda mais e pôs à prova sua semana livre de treinos, deixando claro que já aplica seus próprios conceitos.
Se já era claro internamente que o rodízio seria uma marca da passagem do espanhol, Dome tratou de tornar público o que pensa sobre o tema e indicou que terá equipes sempre modificadas, algo quase que inimaginável no tempo de Jorge Jesus. Com mais opções nas mãos e outras ideias de jogo, ele imprimiu sua marca na vitória por 1 a 0 na Vila Belmiro.
"Acho que temos que rodar. É impossível jogar com os mesmos. Quando você tem jogadores similares, precisa rodar um pouco. Vamos rodar no próximo e no próximo (jogo). Se você tem 20 jogadores no mesmo nível, só tem os 20 se roda. Se joga só com 15, terá só 15. Não podem pensar que o Dome tem '11 titulares'. O Dome vai jogar com os melhores em cada momento. Prefiro um jogador a 100% do que um nome importante a 60%. Ninguém nessa equipe é mais importante que o grupo", garantiu.
O triunfo na Baixada Santista foi construída por um Flamengo com novas impressões digitais e características não muito conhecidas pelo torcedor, especialmente a partir das memórias do desempenho recente. Com Michael e Bruno Henrique abertos, Dome montou um Fla prontinho para o contra-ataque. As melhores jogadas (inclusive a do gol de Gabigol) nasceram de uma roubada e uma saída rápida.
Sem a bola, o Rubro-Negro não voltou a exibir aquela marcação incessante no campo do adversário e deu mais espaços para o Santos trabalhar seu jogo. O Fla teve de suportar momentos de bombardeio e, apesar de uma partida de altos e baixos do sistema defensivo, conseguiu sair ileso. Atormentado por Marinho, Filipe Luís apareceu também para construir pelo meio. Estreante da tarde, Isla entrou na segunda etapa e deixou um bom cartão de visitas.
A formação que levantou quase todos os canecos tinha Ribeiro e Arrascaeta sempre juntos, mas Dome já demonstrou que estes dois meias de ofício dificilmente jogarão juntos. Gerson, por sua vez, passou a atuar um pouco mais recuado, tornando-se uma peça ainda importante para a saída de bola. A tentativa, no entanto, não foi bem sucedida. Com tantas novidades em 90 minutos, Torrent afirmou que há muito ainda por vir e crê em um Fla jogando um futebol melhor em um espaço razoável de tempo:
"Temos de melhorar pouco a pouco. Temos que melhorar, não é como ligar e desligar a luz. Todos os técnicos no mundo precisam de tempo. Estamos melhor fisicamente e taticamente. Talvez em duas ou três semanas o jogo seja melhor. Jogamos só 30% do que treinamos, vamos melhorar".
Mis aliviado pela vitória e a subida na tabela de classificação do Brasileiro, o Fla terá pouco tempo para festejar. Na quarta (2), a equipe encara o Bahia, 20h30, no Pituaçu. Certamente com mudanças e novas atualizações do estilo de Domènec.
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