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Dono do Real Salt Lake diz que vai vender time após ser acusado de racismo

Dono do Real Salt Lake, Dell Loy Hansen (à esquerda), pretende vender o clube da MLS após ser acusado de racismo - George Frey/Getty Images
Dono do Real Salt Lake, Dell Loy Hansen (à esquerda), pretende vender o clube da MLS após ser acusado de racismo Imagem: George Frey/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

31/08/2020 10h38Atualizada em 31/08/2020 12h55

O atual proprietário do time Real Salt Lake, da MLS (liga de futebol americana), Dell Loy Hansen, pretende vender o clube após ser acusado de racismo por ex-funcionários e jogadores. Em um comunicado, ele e a mulher disseram que o time precisa de "uma nova direção e uma visão renovada".

De acordo com as acusações dos ex-funcionários do clube, Hansen usava expressões racistas para se referir a pessoas negras, inclusive as chamava de bandidos. As informações foram divulgadas em um artigo no site The Athletic.

"Reconheço que às vezes tenho falado muito rápido, sem parar para considerar os sentimentos ou boas intenções dos outros", disse Hansen no comunicado. "Isso não é aceitável e assumo total responsabilidade por permitir que minhas palavras viajem sem filtros quanto ao seu significado e impacto."

Hansen adquiriu a propriedade total do Real Salt Lake após comprar a participação do fundador Dave Checketts em 2013, segundo a CNN Internacional.

"Acredito que as comunidades são fortalecidas pela diversidade", disse ele. "Eu realmente sinto muito por ofender e ser insensível ao sofrimento dos outros. Procuro fazer melhor e me comprometo a apoiar e melhorar a diversidade e inclusão em minha própria comunidade daqui para frente."

Ex-treinador acusado de homofobia

O clube também já teve um técnico demitido após acusações de homofobia. No ano passado, Mike Petke foi demitido do Salt Lake por proferir ofensas homofóbicas contra um árbitro durante uma partida.

"É vital que todos, especialmente nossa liderança, reflitam e incorporem nossos valores centrais e de nossa comunidade, tratando todas as pessoas com respeito, civilidade e profissionalismo", comunicou o clube à época.

Protestos antirracistas

Os Estados Unidos enfrentam uma onda de protestos antirracistas desde maio, após a morte de George Floyd, um segurança negro que foi estrangulado por vários minutos por um policial branco em Minneapolis. Enquanto era sufocado, Floyd disse várias vezes que não conseguia respirar, mas foi ignorado pelo agente.

Na semana passada, os protestos se intensificaram após Jacob Blake, outro homem negro, levar sete tiros pelas costas durante uma abordagem policial. As imagens causaram revolta na população, que tomou as ruas da cidade de Kenosha, no estado de Wisconsin. Houve duas mortes de manifestantes.

As manifestações chegaram à NBA e atletas de vários clubes decidiram não entrar em quadra como protesto pelo ataque à Blake.