Inter firma liderança com metas a curto prazo e time "fechado com Coudet"
O Internacional é líder do Brasileiro e tem sua melhor arrancada na era dos pontos corridos. E a campanha da equipe gaúcha tem pilares bastante firmes estabelecidos pelo grupo e a comissão técnica. Sem projetos a longo prazo, Coudet impõe a busca pelas conquistas "jogo a jogo", e, enquanto isso, conta com um grupo que desde o início "comprou a ideia" de jogo.
Apresentado no início deste ano, Coudet chegou ao Inter como uma ruptura com os processos que eram estabelecidos até então. O argentino ganhou "carta branca" para estabelecer suas rotinas de treinamento e preparação do grupo. De cara, admitiu que precisaria contar com a aceitação do elenco. Sem ela, dificilmente conseguiria executar seus planos.
Mas o que encontrou no elenco, repleto de jogadores experientes como D'Alessandro, Guerrero, Cuesta, Edenilson e Marcelo Lomba, foi aceitação. Desde o primeiro dia, os jogadores do Inter se entregaram às orientações de Coudet, sem duvidar de cada mensagem passada, o crescimento gradual aconteceu naturalmente.
"Quando se chega a outro país, se trabalha em outro futebol, o primeiro a fazer é tentar mostrar uma ideia e convencer que esta ideia é a melhor para nós. O que vejo neles (jogadores) é que todos estão convencidos com a forma que jogamos, com a ideia de trabalho, eles se sentem bem. Quando o jogador se sente bem, seguramente está convencido. A única coisa que temos que fazer é seguir trabalhando e melhorando", afirmou Coudet após a vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo.
Até mesmo nos momentos de troca, o convencimento do grupo pesou. Não é raro ver jogadores que vez por outra ficaram no banco entendendo as decisões da comissão técnica. No sábado foi a vez de D'Alessandro começar como titular. Antes Marcos Guilherme esteve no posto, que também já foi de Peglow, Pottker e naturalmente pertence a Guerrero.
"Todos têm em mente a importância de estarem neste grupo, de jogarem as competições. Isso tem criado um ambiente de compreensão da movimentação, das escolhas, se vai ou não jogar. São os jogadores que absorvem isso, que entende qual seu momento e que é fundamental que estejam preparados para ele. É um espírito presente nos nossos 36 ou 37 jogadores do plantel. É o que acreditamos que seja fundamental", disse o vice de futebol Alessandro Barcellos.
Sem planos a longo prazo
E a construção dos objetivos do Inter se dá sempre de olho na vitória mais próxima. Ou seja, o Colorado não traça metas de pontuação para blocos de jogos, não estabelece posições e percentuais que gostaria de atingir. Quer vencer o jogo seguinte.
Segundo o técnico Eduardo Coudet, instantes depois garantir mais uma rodada como primeiro colocado no Brasileiro, a cabeça já estava em qualidades e defeitos do Palmeiras, adversário na próxima quarta-feira.
"Pensamos sempre a curto prazo. Este jogo acabou, agora já pensamos nos outros", disse Coudet.
"Estou contente com a forma que os jogadores trabalham nos treinos, e quando se vê isso nos jogos eu fico mais feliz ainda. Gosto que o time seja protagonista, competitivo. Será duro, sabemos disso. Mas vamos partida a partida, sempre focados unicamente no próximo jogo. Agora é o Palmeiras. O descanso, seguramente, será apenas para os torcedores. Nós e os jogadores já começamos imediatamente a pensar no próximo rival e na nossa recuperação", finalizou.
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