Ausência no clássico evidencia importância de Andrey para o 'Ramonismo'
O Vasco não só sofreu sua primeira derrota no Brasileirão contra o Fluminense como fez uma partida bem abaixo das últimas atuações. Muito disso se explica pela ausência de Andrey, destaque do Cruz-Maltino em 2020 e peça fundamental do "Ramonismo", como a torcida apelidou o time sob o comando do técnico Ramon Menezes, invicto até o clássico.
A derrota pelo Campeonato Brasileiro, em que pese a rivalidade, não é suficiente para que o treinador seja criticado. A equipe manteve o padrão de posse de bola — 54% contra o Flu, um dos times que mais valoriza a construção na Série A —, mas esteve mais lenta nas transições.
Isso porque, além do volante, outro jogador da posição esteve fora: Bruno Gomes. Com Fellipe Bastos "carimbando" todas as bolas, a equipe perdeu um pouco de velocidade na criação de jogadas. Fato lembrado por Ramon em sua coletiva.
"Não foi só a falta dele [Andrey]. Teve o Bruno Gomes e o Vinícius. Estudamos o adversário, tínhamos confiança em fazer um grande jogo e fizemos. Tentamos o melhor, tivemos dificuldade na saída de bola. Tivemos dificuldade para sair jogando de trás. O Fluminense fez pressão forte do Dodi e Yuri. Equilibramos e criamos oportunidades. No segundo tempo, com as trocas, buscamos a vitória o tempo todo", opinou.
Aos 22 anos, Andrey enfim se efetivou no meio de campo cruz-maltino e, além de Germán Cano, tem sido o grande destaque da equipe, principalmente sob a batuta de Ramon. Protegido geralmente por outros dois volantes, ele tem mais liberdade para atacar e participar da criação, revezando com Fellipe Bastos — outro volante com capacidade de finalização e construção de jogo.
Sem o companheiro, Martín Benítez ficou sozinho para achar passes para Talles Magno e Cano. O ponta-esquerda, que deixou o seu e foi expulso no fim, teve boa atuação, melhorando quando pode flutuar sem guardar posição.
Na prática, na vaga de Andrey, o Vasco teve Carlinhos. Em sua primeira chance como titular, o reforço não teve grande atuação. Antes, a opção por Guilherme Parede não resolveu. Com Juninho titular, a equipe cresceu, mas não o suficiente para furar a marcação forte do Fluminense pelo meio do campo.
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