Pedido de Odair e reviravolta: os bastidores da chegada de Danilo Barcelos
O Fluminense anunciou oficialmente a contratação do lateral esquerdo Danilo Barcelos, que deixou o Botafogo em rescisão amigável. Indicação de Odair Hellmann ao clube, o jogador de 29 anos por pouco não foi parar em Belo Horizonte.
Isso porque o lateral tinha proposta do Cruzeiro e já havia pedido dispensa do Glorioso para voltar a Belo Horizonte, motivado pela torcida de sua família pela equipe celeste. Liberado pelo Botadogo, contou com a boa relação entre as diretorias tricolor e alvinegra, que estreitaram laços ao se posicionarem contra o retorno do Campeonato Carioca.
Ainda antes da vitória do Botafogo sobre o Atlético-MG, Odair elogiou o atleta em conversas com o diretor de futebol Paulo Angioni e o presidente Mário Bittencourt. Danilo foi titular na partida, já que o titular, Victor Luís, teve uma apendicite e virou desfalque de última hora.
O UOL Esporte apurou que Angioni, após a segunda menção a Danilo pelo treinador, assistindo ao clássico entre Flamengo e Botafogo, procurou Paulo Autuori, treinador do Glorioso e ex-diretor do Fluminense, para obter informações do jogador.
A diretoria tricolor soube, então, que o lateral pedira dispensa pela forte concorrência - além de Victor Luís, o clube também conta com Guilherme Santos e o jovem Hugo, recém-promovido da base - e já tinha negócio avançado com o Cruzeiro.
Anda assim, com a anuência do Botafogo, decidiu fazer uma proposta. Ao saber do interesse, o jogador balançou e preferiu ficar no Rio de Janeiro, onde disputará o Brasileirão em vez de jogar a Série B pela equipe celeste.
Uram não participou ativamente do negócio - até porque o titular da posição no Tricolor é seu cliente, Egídio - mas o deixou livre para decidir. O empresário de Danilo Barcelos, na verdade, é Luciano Brustolini, e o agente carioca é seu representante no Rio de Janeiro.
Joia, sub-23 e ex-titular da posição deixaram clube
Antes de fechar com Danilo, o Tricolor abriu mão de três jogadores jovens da lateral-esquerda para o futebol europeu só em 2020.
O primeiro foi o mais badalado deles: cercado de esperança na base, Mascarenhas sofreu com lesões e acabou emprestado para o Vitória de Guimarães, de Portugal, com baixa opção de compra. Por lá, lesionou novamente o joelho. O jovem de 22 anos não atua desde 2019, quando entrou em campo apenas oito vezes.
Depois, César, do sub-23, foi cedido ao Portimonense, também de Portugal, em definitivo. Para negociá-lo, o Fluminense aceitou ficar com 30% dos direitos econômicos do atleta visando uma futura venda. Além da dupla, outro jovem acabou emprestado pelo Tricolor: Marlon, de 23 anos, que foi para o Trabzonspor, da Turquia.
O Flu recebeu R$ 1 milhão pela cessão, metade do que gastou para comprá-lo do Criciúma em 2017. Nenhum dos dois tinha o perfil desejado pela comissão de Odair: um jogador mais forte, com características diferentes das de Egídio.
"Fico" de Evanílson estreita laços com Uram
Todos "reforços" da equipe no início do ano, Egídio, Yago, Caio Paulista e Evanílson são ligados ao empresário Eduardo Uram. O camisa 99 encerrou seu vínculo definitivo ao fim de 2019, mas permaneceu no clube por empréstimo.
Apesar de serem negociações separadas, a boa relação do agente com a cúpula de futebol garantiu a permanência no clube do mais valioso dos cinco jogadores que o empresário possui no elenco do Fluminense. Titular de Odair Hellmann, Evanílson não renovou com o Flu em 2019. Assim, assinou pré-contrato com a vice-campeã mineira Tombense, de propriedade do empresário, e foi cedido ao Tricolor por dois anos.
O clube das Laranjeiras, que detinha 60% dos direitos econômicos, aceitou, além do empréstimo, ficar com apenas 10% e mais 20% de taxa de "vitrine". Assim, se o camisa 99 for negociado, o Fluminense receberá 30% do valor, metade do que teria direito em caso de renovação.
Apesar de ter perdido boa parte de um jogador que tem se destacado, internamente, o Tricolor considera uma vitória ter mantido 30% do atleta, já que a negociação pela renovação era "caso perdido" após decisão do ex-diretor de futebol Marcelo Teixeira, ainda na base, de não estender o vínculo do jovem que chegou a Xerém com 13 anos.
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