Futebol

Juca: "Tiago Nunes não está mostrando tamanho para dirigir o Corinthians"

Do UOL, em São Paulo

03/09/2020 00h07

No Fim de Papo, live pós-jogo do UOL de ontem (2), após as vitórias do Corinthians sobre o Goiás por 2 a 1 e do Flamengo por 5 a 3 sobre o Bahia, os jornalistas José Trajano, Juca Kfouri e Renato Maurício Prado analisaram, em papo com Vinícius Mesquita, o futebol apresentado pelos dois times de maior torcida no país, com atenção para a melhora do Rubro-negro de Domènec Torrent e para como o Alvinegro não consegue jogar bem com Tiago Nunes.

Mais do que o resultado, que o Corinthians conseguiu com um gol foi fim da partida em Goiânia, Juca Kfouri chama a atenção para as atuações do time com Tiago Nunes e diz que o treinador não está mostrando ter tamanho para lidar com a pressão no cargo que ocupa e, para fazer o time jogar como Mano Menezes, seria melhor contar com o próprio.

"Claro que você tem que olhar para o que pesa a camisa do Corinthians e ter ou não um treinador à altura de comandar este peso. O Tiago não tem se demonstrado competente para isso. Eu acho que a essa altura está na cara que um grande trabalho ele não vai fazer, veja bem, se o Corinthians perde o jogo hoje para o Goiás e esteve perto de perder, o Corinthians estaria dentro do Z4. Está bem, é começo de campeonato, o Corinthians tem um jogo a menos, mas a gente abe como é que essas coisas começam e como terminal mal", diz Juca.

"Parece que a missão do Tiago Nunes vai ser não permitir que o Corinthians corra risco de cair, ora, convenhamos, que para Corinthians, Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Grêmio, Inter, isso não pode ser objetivo. E o Tiago não está mostrando ter tamanho para comandar esse time do Corinthians", completa o jornalista, que hoje trocaria Tiago por Mano.

Renato Maurício Prato também afirma que o trabalho de Tiago Nunes no Corinthians tem se mostrado muito ruim e compara com o futebol que o Vasco, com um elenco inferior, tem jogado.

"O elenco é fraco, mas ele é mais fraco por exemplo doque o do Vasco? Não sei se é não, e o Vasco está fazendo uma campanha melhor, o Vasco está jogando um futebol melhor. É mais fraco do que o do Botafogo? Não é, e o Botafogo está melhor armado. A verdade é que também, além da fraqueza do elenco, o trabalho do Tiago Nunes é muito ruim, vamos falar com todas as letras, o trabalho do Tiago Nunes é péssimo. Eu acho que para jogar assim é melhor o Mano, aí não precisa usar o genérico, é melhor usar o original", afirma Renato.

Flamengo bem sem Bruno Henrique e Gabigol

A atuação do Flamengo na vitória diante do Bahia sem contar com os atacantes Bruno Henrique e Gabigol, os principais jogadores do clube no ano passado, chamou a atenção de José Trajano, que questiona se o caso de Bruno Henrique não seria o de jogador que não consegue manter o nível entre uma temporada e outra.

"Eu sempre chamei jogador que surge e desaparece de jogador meteoro, antigamente se chamava assim. O Flamengo tem prática disso", diz Trajano.

"Eu não sei se o caso do Bruno Henrique vai ser um caso do jogador meteoro. Ano passado ele fez um negócio, foi parar na seleção, foi brilhantíssimo, insinuante, ele partia e ninguém pegava, jogadas maravilhosas, mas isso acontece muito no futebol. O caso do Luan é meio assim, o Luan foi eleito o melhor jogador da América do Sul por causa da atuação na Libertadores. De repente, murchou", completa.

Para Renato Maurício Prado, a questão de Bruno Henrique e Gabigol tem sido física e acredita que eles devem ter a titularidade no retorno dos jogos da Copa Libertadores.

"Com Bruno Henrique e Gabigol tem que ter paciência, eles foram espetaculares no ano passado. Acho que os dois estão fora de forma como começaram fora de forma o Arrascaeta e o Everton Ribeiro", afirma Renato.

"Para mim, será uma surpresa muito grande se na volta da Libertadores os quatro não forem titulares", conclui.

O Fim de Papo volta nesta quinta-feira, às 22h, apresentado por Luiza Oliveira e com a participação do ex-jogador Ricardo Rocha, e dos jornalistas Menon, blogueiro do UOL, e Pedro Ivo Almeida.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL