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Nova derrota na Série B aumenta pressão em Enderson Moreira no Cruzeiro

Enderson Moreira, técnico do Cruzeiro, fica ainda mais pressionado após derrota para o Brasil de Pelotas - Bruno Haddad/Cruzeiro
Enderson Moreira, técnico do Cruzeiro, fica ainda mais pressionado após derrota para o Brasil de Pelotas Imagem: Bruno Haddad/Cruzeiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

03/09/2020 04h00

As críticas do mecenas Pedro Lourenço no fim de semana passado e a derrota para o Brasil de Pelotas, que aumentou a sequência negativa na temporada (cinco jogos sem vitórias), pressionam Enderson Moreira no Cruzeiro. O técnico ainda segue no cargo, mas se vê obrigado a buscar resultados positivos nos jogos seguintes da Série B do Campeonato Brasileiro 2020.

A diretoria não se manifestou após o revés para o time gaúcho, na noite passada. No entanto, após o jogo contra o América-MG, que ocasionou críticas de Pedrinho, como o mecenas do clube é conhecido, a diretoria informou ao Conselho Deliberativo que não faria uma mudança no comando técnico. A intenção é dar respaldo e sequência ao trabalho do treinador na Toca da Raposa II.

A situação negativa na Série B — o Cruzeiro é o 16º colocado, com quatro pontos — e a pressão sobre Enderson Moreira são agravada pela crise nos bastidores. O time já havia começado o torneio com seis pontos negativos por uma sanção da Fifa. Na manhã de ontem (2), outra punição foi aplicada pela entidade: o clube ficará um ano sem contratar por causa de nova dívida.

Em meio à crise e à pressão no cargo, Enderson Moreira tenta se defender diante do trabalho pelo clube em 2020: "Falar só do resultado é papel de vocês [imprensa]. A derrota nos machuca muito também. Falar que não houve evolução é demais. Houve evolução, como houve no segundo tempo contra o América-MG. É uma pena que a gente tenha saído com uma derrota em um jogo que foi tão superior, tão acima do adversário. O que a gente quer é entregar para o torcedor o que tem de melhor", disse.

"A gente lamenta muito que em um jogo fora de casa, em que controlamos o tempo todo, a gente saia derrotado. Esse grupo precisa levantar a cabeça, apoiar nas pessoas que acreditam no clube. A gente fica devastado, com o coração apertado, porque foi muita coisa ruim que foi feita no clube. A gente está criando situações, a gente não pode ir ao mercado e escolher quem quer", acrescentou.

A dura crítica de Pedro Lourenço também foi tema da entrevista de Enderson Moreira. Perguntado sobre a opinião do mecenas, o técnico disse que respeita a sua opinião: "Tenho relação com a direção do Cruzeiro, pessoas que tenho contato, onde presto minhas contas. Estou sempre conversando, o que outras pessoas pensam e falam, eu não posso opinar, tenho que respeitar apenas".

"Eu, como ser humano e que faço as minhas coisas, que vivo em um país democrático, tenho que respeitar as opiniões. A gente precisa ter respeito pela história de cada um. Não foi fácil para ninguém chegar onde cada um chegou. Eu falo com orgulho de ter saído de onde saí. Eu confio no meu trabalho, confio no que eu faço. Tenho uma contribuição grande para fazer no futebol, no Cruzeiro. Eu penso o jogo da forma que acho positiva. Infelizmente, em alguns momentos, as coisas não acontecem. A gente tem que ter perseverança, resiliência. Recebi muitas mensagens positivas, de apoio, de pessoas que sabem da dificuldade que é, do que me apego para as coisas funcionarem", concluiu.

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