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Brasileirão - 2020

Times da elite somam 16 trocas de técnicos no ano e uma demissão por semana

Técnico Roger Machado, do Bahia, no duelo contra o Coritiba, pelo Brasileirão 2020 - Walmir Cirne/AGIF
Técnico Roger Machado, do Bahia, no duelo contra o Coritiba, pelo Brasileirão 2020 Imagem: Walmir Cirne/AGIF

Eduardo Lucizano e Flavio Latif

Do UOL, em São Paulo (SP)

03/09/2020 04h00

O Campeonato Brasileiro está apenas na 7ª rodada, mas seis times já demitiram seus treinadores e fizeram uma troca no comando técnico. Ontem (2), a vítima da vez foi Roger Machado no Bahia — o treinador não suportou o 5 a 3 sofrido contra o Flamengo, no estádio Pituaçu e acabou sendo demitido do comando da equipe.

Antes do ex-treinador do Tricolor de Aço, Eduardo Barroca (ex-Coritiba, permaneceu por 4 rodadas), Ney Franco (ex-Goiás, permaneceu por 4 rodadas), Daniel Paulista (ex-Sport, permaneceu por 5 rodadas), Dorival Jr. (ex-Athletico, permaneceu por 5 rodadas) e Felipe Conceição (ex-RB Bragantino, permaneceu por 6 rodadas) também já haviam deixado suas respectivas equipes após maus resultados no campeonato nacional.

Desde o início do ano, já foram 16 trocas nas equipes que disputam a Série A do Brasileirão — apenas Corinthians, Grêmio, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Palmeiras e São Paulo continuam com o mesmo técnico que iniciaram a temporada. Inclusive, neste mês de setembro, Renato Gaúcho completará quatro anos como treinador do Tricolor Gaúcho.

O RB Bragantino e o Flamengo têm casos parecidos na mudança de seus comandos técnicos. Antonio Carlos Zago pediu demissão para assumir o Kashima Antlers-JAP, já Jorge Jesus teve uma rescisão amigável de seu contrato para poder retornar a Portugal, para treinar o Benfica — ambos não foram demitidos.

O futebol brasileiro, por conta da pandemia do coronavírus, só viu a bola rolar em 16 semanas do ano. Ou seja, um técnico foi demitido na elite do futebol do país pelo menos uma vez por semana.

No futebol carioca, apenas o Fluminense manteve Odair Hellmann desde o início do ano. O Vasco demitiu Abel Braga e quem assumiu foi Ramon Menezes, o Flamengo foi obrigado a contratar um novo treinador e apostou no catalão Domènec Torrent e o Botafogo demitiu Alberto Valentim para contratar Paulo Autuori.

Em São Paulo, o Santos e o RB Bragantino também optaram por demissões. O Peixe tentou repetir o feito do Flamengo na temporada passada e apostou no português Jesualdo Ferreira, que foi demitido após apenas 15 partidas. Já o Massa Bruta demitiu Felipe Conceição, após conflitos com atletas e maus resultados, e espera Maurício Barbieri para assumir a equipe.

No Nordeste, Ceará e o Sport já trocaram o comando técnico por duas vezes. O clube alvinegro começou o ano com Argel Fucks, que deu lugar a Enderson Moreira e, atualmente, tem no cargo Guto Ferreira. O Leão da Ilha começou o ano justamente com Guto Ferreira, que foi substituído por Daniel Paulista e hoje o treinador da equipe é Jair Ventura.

O futebol goiano também sofreu com a mudança de treinadores, o Atlético-GO demitiu Cristóvão Borges, que começou a temporada, mas hoje conta com Vagner Mancini comandando a equipe. O Goiás também optou por mudança: Ney Franco deixou a equipe após resultados ruins no início do Brasileirão e Thiago Larghi assumiu.

No Paraná, o Coritiba demitiu Eduardo Barroca para contratar Jorginho e o Athletico demitiu Dorival Jr, mas ainda não escolheu o substituto. Único representante mineiro na Série A do Brasileiro, o Atlético-MG apostou em Rafael Dudamel, mas o demitiu após eliminações precoces na Copa do Brasil e Copa Sul-Americana. O argentino Jorge Sampaoli assumiu o cargo deixado pelo venezuelano.