Messi contesta validade de multa de R$ 4,3 bilhões para deixar Barcelona
O atacante Lionel Messi, por meio de um comunicado assinado por seu pai e empresário, contestou a cláusula que prevê multa de 700 milhões de euros (cerca de R$ 4,3 bilhões) em caso de saída do Barcelona.
Apesar de o posicionamento apontar para uma prolongação do impasse, a emissora argentina TyC Sports publicou que Messi decidiu ficar no clube para evitar uma briga judicial. Assim, em vez de imediatamente, ele deixaria o clube em junho de 2021.
Messi tem contrato por mais um ano com o time catalão, mas seus representantes alegam que uma cláusula anula a necessidade do pagamento da multa rescisória em caso de decisão unilateral ao fim da temporada 2019/2020. A La Liga, organizadora do Campeonato Espanhol, contesta a versão e diz que será necessário o pagamento do valor para sua liberação.
"Sem prejuízo de outros direitos que estão incluídos no contrato e que vocês omitem, é óbvio que a indenização de 700 milhões de euros não se aplica em absoluto", diz parte do comunicado.
Impasse
Lionel Messi avisou ao Barcelona na última semana de sua intenção de deixar o clube. Nesta semana, seu pai chegou à Espanha e iniciou as conversas na tentativa de chegar a um acordo com o clube, que está irredutível.
O atleta considera que poderia sair sem custo da equipe catalã graças a uma cláusula de seu contrato. No entanto, a liga espanhola disse que a única maneira que um clube poderia contratar o argentino seria através do pagamento da multa rescisória, que é de 700 milhões de euros (cerca de R$ 4,3 bilhões).
Em resposta, os representantes de Messi alegam que uma outra cláusula prevê que a compensação "não será aplicada quando a rescisão do contrato por decisão unilateral do jogador entrar em vigor a partir do final da temporada desportiva 2019-2020".
A La Liga emitiu novo comunicado hoje mantendo a sua posição. "A referida resposta revela e confirma a interpretação descontextualizada e afastada da literalidade do contrato que cumprem, pelo que a LaLiga reitera no comunicado publicado anteriormente 30 de agosto ".
Veja o comunicado assinado por Jorge Messi na íntegra:
Sr. Jorge Horacio Messi, como representante do jogador profissional de futebol, Sr. Lionel Andrés Messi, em resposta à Nota Informativa publicada em 30 de agosto de 2020 pela Liga Nacional de Futebol Profissional, a respeito da situação contratual do jogador, e além de sua evidente parcialidade pelo papel que tal instituição representa, na defesa dos interesses de seus associados (clubes de futebol), devo afirmar que:
1- Não sabemos qual é o contrato que analisaram e quais as bases sobre a conclusão de que o mesmo contaria uma "cláusula de rescisão" aplicável caso o jogador decida instar a rescisão unilateral do mesmo, com efeitos a partir do final da temporada de esportes 2019/2020
2 - Isso se deve a um erro óbvio de sua parte. Assim, conforme consta literalmente na cláusula 8.2.3.6 do contrato firmado entre o clube e o jogador, "Esta compensação não será aplicada quando a rescisão do contrato por decisão unilateral do jogador entrar em vigor a partir do final da temporada desportiva 2019-2020"
Sem prejuízo de outros direitos que estão incluídos no contrato e que vocês omitem, é óbvio que a indenização de 700 milhões de euros, prevista na cláusula 8.2.3.5 anterior, não se aplica em absoluto
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