Torcidas criam observatório contra LGBTfobia no futebol brasileiro
Representantes de 14 coletivos de torcidas LGBTQIA+ lançaram, no final de agosto, o Observatório Nacional da LGBTfobia. A organização ganhou o nome de Canarinhos Arco-Íris e, segundo o site oficial, "tem o papel de construir ações conjuntas visando combater LGBTfobia no futebol".
A ideia do grupo é trabalhar como uma ouvidoria para torcedores em casos de discriminação no futebol. As informações serão compiladas e entregues periodicamente ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e outros órgãos cabíveis.
"Anualmente será gerado um relatório para conhecimento público de forma sistematizada dos atos preconceituosos e das medidas adotadas", informou o site das torcidas.
Em 29 de agosto, representantes LGBTQIA+ de diversas torcidas se encontraram virtualmente para dar início ao coletivo. A live, no entanto, foi alvo de hackers.
"A gente está passando por uma pandemia e nem assim para de receber mensagens com ameaças de morte. Até nas lives que participamos", conta Onã Rudá, fundador da LGBTricolor (Bahia), segundo o jornal O Globo.
"A gente entende que se não gerar dados e informações não teremos o que pleitear, não vamos ter condições de argumentar com os órgãos responsáveis", acrescentou.
Além da LGBTricolor, a Canarinhos Arco-Íris conta também com as seguintes torcidas:
- Maria de Minas (Cruzeiro)
- Fiel LGBT (Corinthians)
- Coral Pride (Santa Cruz)
- Papão Livre (Paysandu)
- Vozão Pride (Ceará)
- Sport LGBTQ (Sport)
- Vasco LGBTQ+ (Vasco)
- Palmeiras Livre (Palmeiras)
- Orgulho Rubro Negro (Vitória)
- Paraná LGBTQ (Paraná)
- Furacão LGBTQ+ (Athletico Paranaense)
- Coxa LGBTQ+ (Coritiba)
- Frasqueira LGBT (ABC)
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