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Tiago rejeita depender só de Otero: "repertório pequeno para o Corinthians"

Samir Carvalho

Do UOL, em São Paulo (SP)

11/09/2020 12h00

O técnico Tiago Nunes admite que o tamanho do Corinthians não permite que o time dependa apenas das jogadas de Otero para criar oportunidades de gols e conquistar resultados positivos. Ontem (10), na derrota no clássico contra o Palmeiras por 2 a 0, na Neo Química Arena, o venezuelano foi um dos poucos atletas do Timão que se salvou em campo. Aliás, o meia foi o responsável pelas únicas chances de perigo criadas contra o gol de Weverton.

Otero acertou o travessão com uma "bomba" de perna esquerda de fora da área. O venezuelano acertou um chute de primeira quando o jogo estava empatado sem gols. A bola balançou a trave do goleiro palmeirense. Otero também quase empatou o jogo no segundo tempo em cobrança de falta, que obrigou Weverton a espalmar para escanteio.

Questionado se não seria pouco ver o time depender apenas dos chutes de Otero no clássico, Tiago Nunes concordou e ainda enfatizou que o repertório seria pouco para o tamanho do Corinthians. Aliás, o treinador aproveitou o desempenho do venezuelano para cobrar seus jogadores por desempenho individual.

"Sim, muito pouco (depender só do Otero). O Otero tem esse atributo do chute de fora da e bola parada. É um repertório muito pequeno para um clube do tamanho do Corinthians nós precisamos que os jogadores tenham essa capacidade individual que o Otero teve hoje de chamar a responsabilidade e desequilibrar o adversário em muitas vezes. A gente sofre nesse sentido de ter jogadores capazes de resolver no um contra um. Precisamos ter maios qualidade individual para machucar mais o adversário", disse Tiago.

Otero foi titular pela primeira vez com a camisa do Corinthians, ontem (10), no clássico contra o Palmeiras. O venezuelano se destacou nos jogos em que entrou no segundo tempo e já caiu na graça da Fiel. O meia agradou internamente no clube, principalmente, por entender rápido o que é Corinthians.

Otero agrada não somente pela "bola parada" e finalizações de toda parte do campo. O venezuelano pegou rápido o "espírito de entrega" que o torcedor corintiano gosta. Além de boa técnica, demonstra raça e arrisca carrinhos não só nos jogos, mas também nos treinamentos. Internamente, a luta de Otero pela bola nos treinos chega a impressionar os profissionais do clube paulista.