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Palmeiras vence Bolívar, segue 100% na Liberta e quebra tabu na altitude

Jogadores do Palmeiras comemoram gol de Willian contra o Bolívar (BOL) em jogo da Copa Libertadores - David Mercado - Pool/Getty Images
Jogadores do Palmeiras comemoram gol de Willian contra o Bolívar (BOL) em jogo da Copa Libertadores Imagem: David Mercado - Pool/Getty Images

Thiago Ferri

Do UOL, em São Paulo

16/09/2020 23h25

O Palmeiras manteve a campanha perfeita na Copa Libertadores de 2020 e venceu hoje (16) o Bolívar (BOL), por 2 a 1, no estádio Hernando Siles, em La Paz. O resultado na altitude foi construído com os gols de Willian, de pênalti, e de Gabriel Menino, em um belo chute de fora da área - Marcos Riquelme descontou.

O Verdão foi o primeiro brasileiro a vencer o Bolívar em La Paz depois de 37 anos de invencibilidade. Com nove pontos em três rodadas, o time de Vanderlei Luxemburgo segue na ponta do Grupo B e vive situação confortável - o time boliviano, com três, pode ver o Guaraní (PAR) abrir vantagem. A equipe paraguaia também tem três pontos, mas joga amanhã (17), contra o Tigre (ARG), lanterna da chave, sem pontos.

A próxima rodada acontece na semana que vem. O Palmeiras visitará o Guaraní, quarta (23), às 21h30, enquanto o Bolívar irá à Argentina visitar o duelar com o Tigre, terça (22), às 19h15.

Palmeiras acaba jejum brasileiro em La Paz

O Bolívar tem um histórico de sucesso contra equipes brasileiras atuando como mandante, aproveitando-se da altitude - La Paz fica 3640 metros acima do nível do mar. Tanto que a derrota para o Palmeiras foi a primeira para um time do país desde 1983, quando o Grêmio ganhou por 2 a 1. Desde então, eram oito vitórias (duas sobre Flamengo, duas sobre Santos, São Paulo, Palmeiras, Atlético-MG e Grêmio) e três empates (São Paulo, Criciúma e Athletico).

O melhor: Rony é novidade e se sai bem

Rony vinha sendo a sexta opção no ataque palmeirense, mas foi escolhido como titular em La Paz. Vanderlei Luxemburgo vinha preservando o camisa 11, que estava jogando mal, mas acabou como um dos destaques palmeirenses na altitude. Ele foi importante para puxar contra-ataques pelo lado esquerdo e sofreu o pênalti que abriu o caminho da vitória. Ainda sem gols pelo Verdão, Rony foi importante nos três jogos da Libertadores: deu assistências contra Tigre (ARG) e Guaraní (PAR), e sofreu a penalidade hoje.

O pior: Justino faz pênalti desnecessário e ajuda o Verdão

A falta de ritmo pelos seis meses sem partidas atrapalhou o Bolívar no acabamento de muitas jogadas. Além de erros de passe, o time começou a perder a partida no Hernando Siles graças a um pênalti cometido pelo zagueiro Justino, na linha de fundo, com Rony distante do gol. A jogada era pouco perigosa, e acabou sendo de grande importância para a equipe de Vanderlei Luxemburgo.

Gabriel Menino faz golaço, e Palmeiras toma pressão após cansaço

Depois de um primeiro tempo eficiente, em que correu poucos riscos e saiu na frente com o gol de pênalti de Willian, seu 11º na temporada, o Palmeiras deu um grande passo na etapa final ao ampliar com o golaço de Gabriel Menino, de fora da área. O problema é que a equipe começou a sentir o desgaste por atuar 3640 metros acima do nível do mar. Marcos Riquelme (que não é o mais famoso), descontou logo em seguida para o Bolívar, que partiu para a pressão, abusando de cruzamentos para a área. Vanderlei Luxemburgo, inclusive, mudou o esquema e fechou a equipe com três zagueiros para evitar o empate. Gustavo Scarpa, de falta, ainda parou na trave, naquele que poderia ter sido o terceiro gol do Verdão.

FICHA TÉCNICA
BOLÍVAR (BOL) 1 x 2 PALMEIRAS

Local: estádio Hernando Siles, em La Paz (BOL)
Data: 16 de setembro de 2020, quarta-feira
Horário: 21h30 (de Brasília)
Árbitro: Piero Maza (CHI)
Assistentes: José Retamal (CHI) e Edson Cisternas (CHI)
Cartões amarelos: Zé Rafael, Gabriel Menino, Bruno Henrique e Danilo (PAL)
Cartão vermelho: -
Gols: Willian, aos 31 minutos do primeiro tempo (0-1); Gabriel Menino, aos 15 minutos do segundo tempo (0-2); Riquelme, aos 21 minutos do segundo tempo (1-2)

BOLÍVAR: Javier Rojas; Bejarano, Justino, Gutierrez e Flores; Machado (Rey), Oviedo, Fernández (Ábrego) e Saavedra (Anderson Cruz); Arce e Riquelme. Técnico: Claudio Vivas

PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Viña; Ramires (Bruno Henrique), Gabriel Menino e Zé Rafael (Vitor Hugo); Raphael Veiga (Danilo), Rony (Gabriel Veron) e Willian (Gustavo Scarpa). Técnico: Vanderlei Luxemburgo

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