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Rony vira 'rei da altitude' e ressurge até com prêmio na Libertadores

Rony comemora a marcação do pênalti para o Palmeiras contra o Bolívar - Cesar Greco
Rony comemora a marcação do pênalti para o Palmeiras contra o Bolívar Imagem: Cesar Greco

Thiago Ferri

Do UOL, em São Paulo

17/09/2020 04h00

Quando a escalação do Palmeiras foi anunciada com Rony entre os titulares, muitos torcedores reclamaram nas redes sociais, mas o atacante foi peça fundamental na histórica vitória sobre o Bolívar (BOL) por 2 a 1. Se não vinha bem e era a sexta opção no setor antes do jogo, ele encontrou o cenário ideal para brilhar na altitude de La Paz, sendo, inclusive, premiado pela Conmebol como o melhor jogador no estádio Hernando Siles.

No momento em que o camisa 11 conviveu com mais críticas, Vanderlei Luxemburgo afirmou que o atleta precisaria aprender a jogar contra equipes fechadas, já que seu desempenho crescia tendo espaço para usar a velocidade em contragolpes.

A estratégia de ontem (16), portanto, encaixou exatamente com essas características do ex-jogador do Athletico, que vinha sendo reserva depois de a comissão técnica vê-lo nervoso pelo desempenho ruim. Nos últimos três jogos, inclusive, havia entrado apenas no segundo tempo contra o Corinthians.

Apostando em um posicionamento mais cauteloso, Luxa preparou o Verdão para usar bolas longas em La Paz e colocar Rony para correr. Foi assim que saiu o pênalti que abriu o placar, em uma jogada que o atacante estava praticamente sozinho dentro da área, em um contra-ataque.

Mais solto, ele ainda participou da jogada do segundo gol e terminou com 17 passes certos (em 18 tentados), três dribles certos em três tentativas e dois passes decisivos, de acordo com o Sofa Score.

Rony é um dos jogadores mais rápidos em velocidade final do elenco, perto de 35 km/h. Veron é outro que atinge marcas elevadas, mas o garoto de 18 anos de idade tem sido usado no segundo tempo depois de uma lesão séria na coxa direita. Neste cenário, Luxa optou por manter a joia como opção no banco, e dar uma nova chance ao camisa 11 contra o Bolívar, deixando Wesley, então titular, no banco de reservas.

Ainda sem marcar com a camisa alviverde, o único reforço para o ataque em 2020 não teve participações diretas em gols ao longo de 16 partidas pelo Paulista e pela Brasileiro. Na Copa Libertadores, porém, os números mudam: em três jogos, ele deu duas assistências (contra Tigre e Guaraní) e agora sofreu o pênalti contra o Bolívar.

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