Andrés critica volta de torcida apenas no RJ: 'não entraremos em campo'
Horas após a Prefeitura do Rio de Janeiro emitir uma nota apontando a volta de público aos estádios no dia 4 de outubro, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, se posicionou contrário a medida. Em suas redes sociais, o dirigente afirmou que só aceitará a retomada se todos os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro tiverem o mesmo direito, caso contrário, o Alvinegro não entrará em campo.
Segundo o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), a iniciativa tem como objetivo tentar diminuir as aglomerações de pessoas nas praias e sem máscara. O jogo sugerido para marcar a volta do público aos estádios é Flamengo e Athletico Paranaense, no Maracanã, pela 13ª rodada do Brasileirão.
"O Corinthians só aceita a volta do público aos estádios se todos os times da Série A tiverem a mesma oportunidade, independente do estado ou cidade. Se não forem as mesmas condições para todos, não entraremos em campo", escreveu Andrés em seu Twitter.
Andrés se tornou o porta-voz de um grupo de clubes incomodados com as conversas em curso no Rio de Janeiro. Palmeiras, Atlético-MG, Fluminense e Botafogo revelaram ao UOL a posição contrária em relação a um possível retorno isolado no Rio de Janeiro.
Os dois cariocas citados, inclusive, argumentam que não foram chamados para as reuniões entre Prefeitura do Rio e Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). A entidade rebate e diz que fez o convite, sendo que Fluminense e Botafogo não responderam.
A reportagem do UOL Esporte apurou ainda que clubes do Rio Grande do Sul e do Ceará também planejam questionar uma possível volta do público apenas no Rio de Janeiro.
Calada, a CBF observa as manifestações. A entidade, no entanto, informa a interlocutores que não pretende avalizar a volta isolada em apenas um dos estados que recebem a disputa do Campeonato Brasileiro. Cabe à confederação uma autorização na diretriz técnica do torneio para oficializar tal retorno.
O planejamento da prefeitura do Rio de Janeiro prevê uma limitação de público a um terço de cada setor dos estádios. Será obrigatório o uso da máscara de proteção e aferição de temperatura na entrada dos estádios.
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