De Vampeta a Thiago Neves, 7 contratações que torcidas "cancelaram"
Resumo da notícia
- Atlético-MG desistiu de contratar Thiago Neves e Villa após repercussão negativa
- UOL Esporte recorda outros episódios em que as torcidas 'cancelaram' as contratações
- Goleiros Bruno e Jean e até o ex-volante Vampeta já passaram por essa situação
Só nesta semana, dois alvos do Atlético-MG no mercado da bola foram 'cancelados' depois de a torcida protestar contra suas contratações: Thiago Neves, ex-Cruzeiro, devido ao seu histórico de provocações ao Galo, e Sebastián Villa, do Boca Juniors, que é acusado de agressão à ex-namorada.
Não é a primeira (nem segunda) vez que a pressão da torcida surte efeito e o clube acaba desistindo de uma contratação. O UOL Esporte aproveita para relembrar mais casos em que isso aconteceu, e não só no Brasil. Confira:
Thiago Neves (Atlético-MG)
Thiago Neves esteve perto de um acordo com o Galo até o fim do Campeonato Brasileiro, com pagamento por produtividade. A diretoria, no entanto, desistiu das tratativas por causa da pressão feita pela torcida. O jogador se tornou desafeto dos torcedores por causa das provocações durante a sua passagem pelo Cruzeiro.
Ainda depois da desistência, organizadas do Atlético-MG foram à porta da sede administrativa do clube, em Belo Horizonte, para protestar contra a quase contratação do meia de 35 anos.
Sebastián Villa (Atlético-MG)
Na noite de quarta-feira (16), Sérgio Sette Câmara, presidente do Atlético-MG, descartou que o clube invista na contratação de Sebastián Villa, jogador do Boca Juniors, da Argentina, que tinha negociações avançadas para se mudar à Cidade do Galo. A pressão da torcida fez diferença.
O mandatário utilizou o termo "vire esse jogo", que simboliza a luta contra a violência às mulheres, para descartar a busca pelo colombiano de 24 anos. O atleta é acusado de agressão à ex-namorada.
Bruno (Fluminense de Feira e Operário-MT)
Condenado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver de Eliza Samúdio, o goleiro Bruno foi alvo de torcidas de alguns clubes que demonstraram interesse em sua contratação.
Um deles foi o Operário Várzea-Grandense. Depois de fazer uma proposta oficial ao jogador, o clube mato-grossense desistiu da contratação por conta de protestos da torcida e da perda de alguns patrocínios para a temporada.
Antes de um jogo pelo Estadual, a torcida protestou com gritos como: "Quem contrata feminicida apoia o feminicídio". Cartazes ainda apresentavam: "Respeitem as mulheres" e "Não compre ingresso. Não pague para ver feminicida".
Já o Fluminense de Feira, da Bahia, voltou atrás depois da repercussão negativa que cresceu ainda mais depois do desabafo da apresentadora Jessica Senra na TV Bahia. O próprio presidente do clube admitiu que o depoimento da jornalista e a indignação de torcedoras na internet fizeram a diferença para o Fluminense vetar a negociação, que estava bem encaminhada.
Juninho (Corinthians)
Em 2018, o Corinthians desistiu de contratar Juninho, do Sport, jogador indiciado por agredir a namorada e com histórico de problemas disciplinares. Recentemente, ele acertou para atuar no futebol da Bulgária.
"Considerando as inúmeras manifestações de torcedoras e torcedores contrários à eventual contratação de Juninho, informamos que ele não fará parte de nosso quadro de funcionários. O momento exige que o congraçamento de mentes em torno da causa feminista se sobreponha a quaisquer outras considerações", disse o presidente Andrés Sanchez em comunicado oficial.
Jean (Ceará)
No início do ano, o Ceará chegou a demonstrar interesse na contratação do goleiro Jean, hoje no Atlético-GO. A repercussão negativa das tratativas, no entanto, fez o time recuar e desistir da tentativa de contar com o arqueiro.
Os torcedores alvinegros se posicionaram através da hashtag #JeanNoCearaNao e alegaram que a contratação de Jean seria um "desrespeito às mulheres e à história do Ceará". No ano passado, o goleiro chegou a ser preso nos Estados Unidos acusado de agredir a então esposa Milena Bemfica.
Roman Zozulya (Rayo Vallecano)
Em 2017, o atacante ucraniano Roman Zozulya deixou o Rayo Vallecano horas depois de ter sido apresentado devido à reação dos torcedores do clube, que o acusavam de ser neonazista. O jogador, que chegaria emprestado pelo Betis, foi hostilizado no treinamento e leu faixas do tipo "não há lugar para nazistas".
"Houve problemas com alguns grupos de torcedores do Rayo e, após discussões, decidimos que ele retornará. Temos que proteger um sujeito que é nosso jogador", confirmou o diretor do Betis.
Vampeta (Santos)
Em 2004, a contratação de Vampeta foi vetada pela diretoria do Santos depois de a torcida se mobilizar e deixar claro que não o aceitaria por conta da imagem muito ligado ao Corinthians. Técnico do Peixe na época, Vanderlei Luxemburgo não gostou muito da decisão.
"Tínhamos acertado anteriormente a contratação de Vampeta e saíram as pesquisas, reunião de conselho, torcida, imprensa e ele [Marcelo Teixeira, então presidente] disse que não contrataria", disse Luxa na época.
"Torcida e imprensa não determinam trabalho. Já o Conselho pertence ao clube e, se ele se reuniu com e diretoria e ficou entendido que o jogador não deveria ser contratado, isso é um problema do Santos. O Vampeta seria uma ótima contratação", acrescentou.
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