Braz diz que nunca houve discussão sobre demissão de Dome no Fla: "Unidade"
O vice-presidente Marcos Braz veio a público para baixar a fervura no Flamengo, que vive dias de turbulência após o 5 a 0 para o Independiente del Valle (EQU).
O dirigente disse que a demissão do técnico Domènec Torrent nunca foi debatida, embora o tema tenha sido alvo de conversas de bastidores entre os principais cardeais da política rubro-negra.
"O Dome está dentro de um planejamento. Em nenhum momento foi discutida a saída. Aqui quem manda é o Rodolfo Landim. Em nenhum momento foi pensado nessa hipótese. O resultado do jogo foi impensável, o Flamengo não pode perder de 5 a 0 na Libertadores, no Brasileiro, do Mundial, em nenhum lugar. Não faz parte da história do clube, não faz parte desta diretoria. Existe uma unidade e um planejamento. As derrotas acontecem, mas existem derrotas e derrotas. O que eu posso falar é que existe uma unidade", disse Braz.
O dirigente ressaltou que as dificuldades impostas pelo calendário e a pandemia dificultam um pouco o trabalho do espanhol e afirmou que dá o respaldo necessário para a continuidade do trabalho:
"O Jesus teve 20 dias de uma intertemporada para trabalhar. Nesses 20 dias, se construiu uma relação. Trabalho e relação estão sendo pavimentados. Entendo a torcida, entendo os companheiros de clube, entendo todos os segmentos. A diretoria respeita os posicionamentos, mas a gente tem de ser mais frio. A gente tem análise, informações e sabemos que precisamos de tempo. Este tempo está sendo dado".
Braz afastou qualquer divisão na diretoria, especialmente entre ele e Luiz Eduardo Baptista, o Bap, vice de relações institucionais. Ele não negou que há algum ruído no relacionamento, mas afirmou que o convívio já foi pior. Sobre o pedido do grupo político FlaFut, que exigiu a queda de Dome, ele disse entender. Um dos membros desta ala é Dekko Roisman, integrante do "Conselhinho" e que está presente em Guyaquil.
"Já teve momentos piores [com o Bap]. Estamos há 5 dias viajando, ele tem uma participação importante na parte de construção de orçamentos. É uma pessoa importante e tem o seu tamanho na diretoria. Temos um modelo de gestão impetrado pelo presidente. A relação é institucional e cordial. Quando perdemos, não é qualquer grupo que fica junto. Mas quem tem que resolver isso é o integrante do comitê com o seu grupo [Dekko].Em nenhum momento foi externado qualquer desconforto. Ou o grupo tira o Dekko ou o Dekko sai do grupo. Mas trato com naturalidade", acrescentou.
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