Governo adia volta de público no RJ, mas terá reunião com Crivella e CBF
Em edição extra do diário oficial nesta sexta-feira (18), o governador em exercício no Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), adiou momentaneamente a volta do público aos estádios de futebol no estado. O governo terá uma reunião com o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) e com a CBF para tratar do assunto na semana que vem.
Apoiado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Crivella pretendia fazer um "teste" na partida entre Flamengo x Athletico, em 4 de outubro. Mas o governo do estado decretou a suspensão de eventos com público até o dia 6, incluindo jogos de futebol.
O aceno é também político, já que o prefeito vê com bons olhos o retorno das torcidas antes da eleição, onde tentará emplacar um segundo mandato no município. Entre seus interlocutores, Crivella acredita que a medida será popular, principalmente por envolver o Rubro-Negro, clube de maior torcida do país.
Além disso, o presidente Jair Bolsonaro é partidário da volta do público aos estádios, e Marcelo Crivella corteja seu apoio para o pleito marcado para 15 de novembro.
A nova rodada de conversas entre as autoridades incluirá também o Ministério da Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde e da Vigilância Sanitária, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, bem como empresas que administram as malhas ferroviárias e as linhas de ônibus da cidade, responsáveis por toda a logística de cada partida.
Depois disso, a CBF e os clubes da Série A precisarão aprovar um protocolo para a volta, que será conjunta, já que ao menos nove das 20 associações da primeira divisão do futebol brasileiro são contrárias ao retorno em uma só praça. O Corinthians, inclusive, afirmou que não entrará em campo caso qualquer time volte a ter público em seu estádio antes dos demais.
A entidade máxima do futebol brasileiro sempre trabalhou com a previsão de retorno em novembro, o que segue considerando mais plausível em função do tempo para aprovação dos protocolos e alinhamento de objetivos com todos os interessados.
Uma reunião urgente foi marcada com os clubes também para a próxima semana. Não só o Corinthians, mas Palmeiras, Grêmio, Internacional, Fluminense, Botafogo, Atlético-MG, Bahia e Ceará também são contrários ao retorno do público antecipado para apenas um clube. No mesmo dia 4, a cidade do Rio também terá clássico entre Flu x Bota, dois clubes opositores à Ferj e que alegam não ter sido convidados para a reunião feita para o retorno do futebol.
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