Taffarel lembra visita de Ayrton Senna à seleção antes de título em 1994
Destaque da seleção brasileira que conquistou a Copa do Mundo de 1994, o ex-goleiro Taffarel não se lembra de um momento específico da preparação para aquela competição: o amistoso contra o Paris Saint-Germain em abril, que terminou 0 a 0. No entanto, não se esquece do encontro da delegação com Ayrton Senna, que estava na capital parisiense na ocasião.
Em entrevista divulgada hoje pelo site da Fifa, Taffarel destacou o jantar da seleção brasileira com o tricampeão de Fórmula 1, e encheu Senna de elogios.
"É uma experiência que eu sempre vou valorizar. Ayrton Senna foi um ídolo para todos no Brasil. Ele era um grande patriota, uma grande atleta e uma grande pessoa. Estávamos nos preparando para tentarmos o tetracampeonato, e ele estava tentado se tornar tetracampeão de Fórmula 1. Eu não consigo dizer qualquer coisa do jogo contra o Paris Saint-Germain; a única coisa que me lembro foi de ter encontrado Ayrton Senna", contou o ex-camisa 1.
"Senna era um cara legal, um cara único. Ele era muito carismático e e humilde. Ele foi a nosso hotel — não posando como fazem as celebridades fazem, sem seguranças ao redor — e qualquer um imaginaria que ele era um cara comum. Ele estava convencido que um de nós — ele não sabia se seria ele ou a gente - seríamos tetracampeões", acrescentou.
"Ele falou algumas palavras inspiradoras para nós. Acho que aquele espírito que tivemos em 1994, nós conseguimos com Ayrton. Seu acidente foi devastador para todo o Brasil. Quando ele morreu, todos nós dissemos: 'vamos lá e vamos vencer a Copa do Mundo para o Ayrton Senna'. Felizmente, conseguimos, para homenageá-lo com a faixa 'Senna, aceleramos juntos'. Tenho muito orgulho de ter vencido a Copa do Mundo para o Senna."
Naquela Copa do Mundo, o Brasil passou por Rússia, Camarões e Suécia na fase de grupos; Estados Unidos nas oitavas de final, Holanda nas quartas, Suécia novamente nas semifinais e Itália na final. Foram cinco vitórias (contra russos, camaroneses, norte-americanos, holandeses e nos jogos dos suecos nas semis) e dois empates (contra os suecos na primeira fase e italianos na decisão).
E entre tantos adversários, Taffarel destaca um rival especialmente forte naquela competição: a Holanda.
"Não houve um jogo fácil. A Itália tinha um grande time. Tivemos uma partida muito dura contra os Estados Unidos. A Suécia, que não é tradicionalmente uma grande equipe, era muito boa. Jogamos contra eles duas vezes — empatamos uma e vencemos a outra por 1 a 0. Mas acho que eu diria que (o rival mais difícil) foi a Holanda, que era muito talentosa. Vencemos por 3 a 2. Foi uma bom jogo para ver, mas foi difícil para vencermos", analisou.
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