Diniz não convence em "decisões", mas vê "saldo positivo" em um ano de SPFC
Poucos dias antes de completar um ano de São Paulo, Fernando Diniz tem um retrospecto mediano. No total, foram 19 vitórias, 11 empates e 12 derrotas (53,96% de aproveitamento). No entanto, chama a atenção a oscilação de rendimento do time em momentos decisivos. Na partida contra a LDU, ontem (22), por exemplo, o time falhou em todos os setores, perdeu por 4 a 2 e viu sua situação ficar complicada na Copa Libertadores.
Ou seja, dois meses após a vexatória queda no Paulistão para o Mirassol, o time está muito próximo de mais uma eliminação. Ainda assim, o treinador acredita ter um saldo positivo em seu trabalho no Morumbi. No dia a dia, o comandante destaca a implantação de uma filosofia de jogo e o lançamento de jovens como destaques de sua gestão.
"Influencia [ter muitos jovens em um torneio como a Libertadores], se analisar nesse jogo, de maneira positiva. O time no segundo tempo [contra a LDU] ganhou de 2 a 1. Não é porque são jovens que não têm condições de jogar Libertadores. Temos um elenco muito bom. Temos a ausência de Daniel Alves e Luciano, mas os jovens entraram e são bons jogadores. Muitas vezes falaram dos jovens que entraram quando nos classificamos para a Libertadores. O saldo é muito mais positivo do que negativo desde que cheguei. Assim, eles vão ganhando maturidade e casca", disse Diniz quando perguntado sobre os jovens do time.
Durante a sua carreira como técnico, Fernando Diniz passou a ser muito questionado justamente por não apresentar resultados convincentes. O treinador, que levou o Audax ao vice-campeonato estadual de 2016, sucumbiu quando teve oportunidades em grandes clubes. Tanto no Athletico-PR quanto no Fluminense, as críticas eram de que a sua equipe apresentava um bom futebol, mas não conquistava vitórias.
No Tricolor paulista, ele até melhorou o seu desempenho, com um aproveitamento superior ao dos antecessores em clássicos, por exemplo. Mas em partidas consideradas decisivas, como contra o Mirassol, no Estadual, e River Plate e LDU, na Libertadores, o Tricolor não venceu. No Paulistão, o time perdeu por 3 a 2, em pleno Morumbi. Já no torneio continental, empatou por 2 a 2 com os argentinos, que não atuavam há seis meses, e perdeu para os equatorianos por 4 a 2.
Agora, para complicar ainda mais a vida do São Paulo, Diniz tem mais duas partidas consideradas decisivas pela frente. No sábado, enfrenta o Internacional, em Porto Alegre. Os dois times brigam pelas primeiras colocações do Brasileirão. Já na sequência, no dia 30, enfrenta o River Plate, na Argentina, pela Libertadores. Para continuar no torneio internacional, o time precisa vencer e torcer por uma combinação de resultados.
Vale destacar que apesar da pressão e das críticas da torcida, Diniz segue respaldado no cargo. A diretoria de futebol avalia de forma positiva o trabalho do treinador. O presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, segue internado para tratamento da Covid-19.
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