O Flamengo teve sete desfalques devido à covid-19 na vitória sobre o Barcelona de Guayaquil, pela Libertadores, e no retorno ao Brasil outros casos foram confirmados entre jogadores, dirigentes, comissão técnica e até o médico do clube, motivo pelo qual o clube pede à CBF o adiamento da partida com o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro, marcada para o próximo domingo, no Allianz Parque, jogo que o clube paulista se mantém contrário ao adiamento, assim como a CBF.
No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL, José Trajano afirma que o jogo não deveria ser realizado, da mesma forma que a partida do Rubro-negro com o Barcelona equatoriano também não deveria ter acontecido, mas ressalta a movimentação da direção do Flamengo durante a pandemia e vê o clube pagando um preço pelas próprias ações.
"O Flamengo se vangloriava de testar os jogadores várias vezes por dia, por semana, e é o time mais infectado do futebol mundial, eu acho que não existe no mundo um time que tenha tantos jogadores infectados e que deve ter infectado muita gente, que eu acabei de ver uma foto da delegação do Flamengo confraternizando com o pessoal lá em Guayaquil e tal, deve estar todo mundo infectado, jogadores e dirigentes do outro time", diz Trajano.
"Eu acho um absurdo, nós estamos vendo como a volta antecipada do futebol, ainda mais em uma cidade como o Rio de Janeiro, que aumenta o número de óbitos, aumenta o número de infectados de duas semanas para cá, o Flamengo está pagando o preço de ter comandado de uma forma cruel, safada é o termo mais correto, a volta do futebol. Esse jogo não deveria acontecer, mas a CBF vai manter seguindo o tal protocolo que foi assinado por todos os clubes", completa.
Trajano cita a ida do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, a uma reunião em Brasília com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), pela volta do futebol, além da articulação junto ao prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB) para poder contar com público já na partida contra o Athletico-PR, no Maracanã, marcada para o dia 4 de outubro.
"O Flamengo conseguiu que o prefeito, o pastor Crivella, do Rio de Janeiro, autorizasse a volta dos torcedores para o dia 5 agora de outubro, jogo Flamengo e Athletico-PR. Certamente não vai haver isso, porque o Flamengo não vai nem ter time para entrar em campo", diz Trajano.
"O Flamengo está pagando por tudo o que lutou de uma forma que não devia ter lutado. Aliás, o presidente do Flamengo também está infectado, é o técnico, é o presidente, até o médico do Flamengo está infectado. É um absurdo o que está acontecendo, mostra que o futebol voltou de uma maneira precipitada, esse protocolo é absurdo, como é absurdo o protocolo também da Conmebol, esse jogo lá em Guayaquil também não deveria ter sido realizado", conclui.
O Fim de Papo, apresentado por Isabella Ayami, teve os comentários de Menon e Danilo Lavieri, além de José Trajano. A live pós-rodada vai ao ar novamente na próxima quarta-feira, após os jogos programados de Flamengo, Palmeiras e São Paulo pela Libertadores.
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